O novo Regime de Origem do Mercosul (ROM) foi aprovado nesta terça-feira (4/7) durante a reunião de cúpula do bloco, realizada em Puerto Iguazú, na Argentina. O acordo é considerado fundamental para impulsionar o comércio na região, pois simplifica as normas atuais tornando a verificação e controle de origem dos produtos mais ágil.
A regra amplia o limite de insumos importados dos produtos do Mercosul, podendo ser considerado um produto nacional dos estados membros as mercadorias que tenham até 45% da matéria-prima comprada de fora do bloco comercial.
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O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, que esteve na reunião de cúpula, disse que o aumento facilita o comércio exterior. “Essa medida representa um avanço significativo para o fortalecimento da integração econômica na região e o aumento da competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional”, disse.
Outra mudança na regra que se aplica ao bloco é a simplificação da qualificação da condição de produto nacional de um dos estados membros, com as empresas podendo realizar a autodeclaração de origem, sem a necessidade da emissão de certificados de origem emitido por entidades credenciadas.
Com a declaração, os produtos podem se beneficiar com a redução ou eliminação de tarifas nas exportações entre os países membros do bloco, com as mercadorias podendo circular entre as quatro economias sem a incidência de impostos de importação.
Esse modelo está presente em outros acordos entre nações, como na União Europeia ou na Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), e deve reduzir custos nas trocas entre os países membros.
O tratado começou a ser negociado em 2019, mas só agora foi assinado pelos membros e deve ser ratificado pelos respectivos parlamentos. A nova regra atende a demandas do setor produtivo como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que colocou a pauta no documento Agenda da Indústria para o Mercosul 2023.
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