INDÚSTRIA

Indústria farmacêutica e farmoquímica cresce 11% no primeiro semestre

Setor foi o segundo que mais cresceu de janeiro a junho, atrás apenas da fabricação de outros equipamentos de transporte

O crescimento da produção da indústria farmacêutica e farmoquímica no primeiro semestre de 2023 foi de 11,1% na comparação com o mesmo período do ano passado — quando teve uma queda de 8,1%. A área foi a segunda que mais cresceu de janeiro a junho, atrás apenas do setor de fabricação de outros equipamentos de transporte (exceto veículos). Os dados são de um estudo da consultoria LF Novais, encomendado pelo Grupo FarmaBrasil.

O levantamento aponta que o desempenho contribuiu positivamente para o resultado da indústria de transformação total. Segundo a pesquisa, a produção industrial do setor cresceu fortemente na primeira metade de 2023, com ajuda da recomposição de estoques e do declínio da importação.

Outros fatores que podem ter contribuído também foram a expectativa de aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre medicamentos no início do ano e o tradicional reajuste de preços que acontece em abril — que podem ter antecipado a demanda.

Intenção de investimento

Outro dado apresentado diz respeito a intenção de investimentos. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), saltou de 68,2% no primeiro semestre de 2022 para 69,4% no mesmo período deste ano. O estudo aponta, que as empresas que pretendem continuar investindo, estão mostrando que o ambiente macroeconômico não diminuiu o ímpeto de investimento no setor farmacêutico.

Outro ponto que houve alta foi na Utilização da Capacidade Instalada (UCI) — índice que mede o nível de atividade da indústria mostrando a porcentagem do parque industrial que está trabalhando. O índice contratou com a UCI de toda a indústria de transformação, que apresentou menor patamar. Em 2023, após os números do setor farmacêutico oscilarem a partir de janeiro, o uso fechou julho acima da média histórica.

“Esse crescimento deve-se, em parte, ao declínio da importação de produtos farmacêuticos e
farmoquímicos, e ao fortalecimento da indústria nacional, que, cada vez mais, investe em
pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico. Os números mostram que o setor está
preparado para as novas políticas de estímulo do governo, que preveem ampliação da produção
nacional”, destacou o presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri.