IPCA

Inflação sobe 0,26% em setembro, puxada novamente por aumento na gasolina

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis registraram variação positiva; o grupo de transportes teve o maior impacto. Por outro lado, alimentação registrou deflação pelo quarto mês consecutivo

Resultado foi impulsionado pela alta de 2,80% da gasolina, subitem com a maior contribuição individual -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Resultado foi impulsionado pela alta de 2,80% da gasolina, subitem com a maior contribuição individual - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 11/10/2023 09:59 / atualizado em 11/10/2023 10:02

A inflação do mês de setembro foi de 0,26%, ficando 0,03 ponto percentual acima do registrado em agosto. Segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta quarta-feira (11/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado foi impulsionado pela alta de 2,80% da gasolina, subitem com a maior contribuição individual. Com isso, a inflação acumulada foi de 5,19% na janela de 12 meses e de 3,5%, no acumulado do ano.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram variação positiva. O grupo de transportes teve o maior impacto positivo, com destaque para o subitem passagens aéreas, segunda maior variação mensal (13,47%) e segundo maior impacto no total do IPCA.

O item combustíveis, onde o subitem gasolina está inserido, teve alta de 2,70%, com aumento nos preços do óleo diesel (10,11%) e do gás veicular (0,66%) e queda no etanol (-0,62%).

Outro impacto importante entre as altas foi do grupo de habitação, com crescimento de 0,47% nos preços de setembro em relação a agosto. A maior contribuição do grupo foi da energia elétrica residencial, que teve alta de 0,99%.

Alimentação 

Pelo lado das quedas, o índice de setembro sofreu influência do grupo de alimentação e bebidas, que registrou deflação de 0,71%. “É o grupo de maior peso no IPCA e teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo trajetória de queda no preço dos alimentos, principalmente para consumo no domicílio”, destacou André Almeida, gerente da pesquisa.

Os preços da alimentação no domicílio recuaram 1,02%, com destaque para batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço.

Confira o resultado por grupos

  • Alimentação e bebidas: -0,71%;
  • Habitação: 0,47%;
  • Artigos de residência: -0,58%;
  • Vestuário: 0,38%;
  • Transportes: 1,40%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,04%;
  • Despesas pessoais: 0,45%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,11%.


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