Veículos

Queda na exportações de veículos é preocupante, afirma Anfavea

Segundo a associação, esse recuo foi motivado pelo encolhimento dos mercados automotivos chileno e colombiano, onde o Brasil tem uma presença forte nas exportações

 14/06/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politca. ANFAVEA - Conduzinho o Futuro da Eletrificação no Brasil. Carros Eletricos.  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
14/06/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politca. ANFAVEA - Conduzinho o Futuro da Eletrificação no Brasil. Carros Eletricos. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 07/12/2023 12:31 / atualizado em 07/12/2023 12:32

São Paulo — A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) realizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7/12), em São Paulo, onde apontou a retrospectiva de 2023 e as projeções para o ano de 2024. Segundo a Associação, houve um crescimento na produção e vendas. Porém, em exportação houve uma queda de 23% em novembro e 17,1% no ano.

A associação explicou que esse recuo foi motivado pelo encolhimento dos mercados automotivos chileno e colombiano, onde o Brasil tem uma presença forte nas exportações. As montadoras brasileiras também perderam espaço no mercado argentino, que tem investido mais na sua produção nacional.

Segundo o presidente da Anfavea, Marcio Lima Leite, a queda nas importações é uma questão que tem preocupado o setor. “Apenas em 2023, o setor perdeu cerca 100 mil unidades”, disse. “Nos temos uma participação no mercado da Argentina de 49%. Historicamente e até recentemente, 49% dos veículos vendidos na Argentina eram veículos brasileiro. Entretanto, em dois anos nós tivemos uma uma queda de 49% para 27%”, afirmou a jornalistas em coletiva.

Para Leite, em um primeiro momento, é natural que haja uma queda no mercado interno da Argentina. “A queda não tem relação com o governo, ou do novo presidente, ao qual nós desejamos muita sorte, mas principalmente, em função de que o consumidor do país, parte do consumidor, compra o veículo como uma proteção, contra a desvalorização cambial”, pontuou.

“Essa proteção contra a desvalorização cambial, vai perder força no momento em que ocorrer a desvalorização. Então, no momento em que a Argentina anunciar, vai ter um esfriamento na demanda por automóvel, porque o objetivo obviamente é a proteção. Depois, naturalmente, o mercado voltará a aquecer”, disse.

Saída do Mercosul

Em novembro, uma pesquisa apontou que a vitória do libertário Javier Milei nas eleições para a presidência da Argentina não afeta, no curto prazo, as trocas comerciais do Brasil com o país, mas traz riscos futuros. De acordo com a avaliação do relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), uma eventual saída dos argentinos do Mercosul prejudicaria o desempenho das exportações brasileiras.

"A vitória de Milei poderá trazer riscos para o comércio bilateral do Brasil com o país. Mesmo que não cumpra a ameaça de sair do Mercosul, a Argentina não deverá colaborar para facilitar acordos que procurem melhorar os canais de comércio de bens e serviços na região", resumiu a FGV.

*A repórter viajou a convite da Anfavea

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