BANCO CENTRAL

Volume de saques da poupança em 2023 atinge segundo maior pico da história

As retiradas da caderneta no ano passado, de R$ 87,8 bilhões, só ficaram atrás do recorde histórico de 2022, de R$ 103,2 bilhões, conforme dados da autoridade monetária

08/01/2024 Crédito: Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil. Banco Central em Brasilia.  -  (crédito:  Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil)
08/01/2024 Crédito: Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil. Banco Central em Brasilia. - (crédito: Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil)
postado em 09/01/2024 03:59

A caderneta de poupança encerrou o ano com saldo negativo de R$ 87,8 bilhões em 2023. De acordo com o relatório divulgado ontem pelo Banco Central, os brasileiros aplicaram R$ 3,8 trilhões e sacaram R$ 3,9 trilhões ao longo do ano na mais tradicional forma de aplicação financeira.

Foi o segundo maior resgate em um ano da série histórica, iniciada em 1995. Em 2022, a retirada recorde da poupança somou R$ 103,2 bilhões. 

Os dados do BC mostram que os saques da caderneta predominaram em quase todos os meses de 2023. Os saldos positivos foram registrados apenas em junho e em dezembro, com os depósitos superando os saques em R$ 2,59 bilhões e R$ 13,7 bilhões, respectivamente.

Os bancos que aplicaram no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) — modalidade de crédito para financiar a compra da casa própria — registraram saque de R$ 72,4 bilhões no ano. Já na poupança rural, as retiradas somaram R$ 15,4 bilhões.

Entre os motivos para o elevado volume de retiradas em 2023, está o endividamento das famílias, uma vez que muitos brasileiros precisam retirar o dinheiro da poupança para administrar as suas dívidas. 

 

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