Conjuntura

Após três meses no negativo, setor de serviços varia 0,4% em novembro

Três das cinco atividades investigadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) avançaram em novembro: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%)

O maior impacto sobre o resultado geral veio da atividade de outros serviços (3,6%), que cresceu pelo terceiro mês seguido, acumulando alta de 4,9% no período -  (crédito:  Marcello Casal Jr/Agência Brasi)
O maior impacto sobre o resultado geral veio da atividade de outros serviços (3,6%), que cresceu pelo terceiro mês seguido, acumulando alta de 4,9% no período - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasi)
postado em 16/01/2024 10:06

Na passagem de outubro para novembro, o volume de serviços prestados no país subiu 0,4%, quebrando uma sequência de três meses no campo negativo, período em que o setor havia acumulado uma perda de 2,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Três das cinco atividades investigadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) avançaram em novembro: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%).

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, analisou as últimas taxas negativas. “As últimas três taxas negativas reduziram os ganhos, mas o resultado de novembro coloca o setor bem acima (10,8%) do patamar pré-pandemia”, observa. Além disso, o setor de serviços operava 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em dezembro de 2022.

O maior impacto sobre o resultado geral veio da atividade de outros serviços (3,6%), que cresceu pelo terceiro mês seguido, acumulando alta de 4,9% no período.

“Esse setor foi impulsionado pelos serviços financeiros auxiliares, especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e de débito. Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo”, diz o pesquisador.

Já os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,0%), que exerceram a segunda maior contribuição sobre a variação de 0,4% do setor, já haviam registrado alta de 1,1% em outubro, após uma queda de 1,0% no mês anterior. “Nesse segmento, os destaques foram as atividades jurídicas e as empresas de cartões de desconto e os programas de fidelidade”, detalha Lobo.

Impulsionamento

Os serviços prestados às famílias, com o avanço de 2,2% em novembro, recuperaram a perda registrada em outubro (-1,8%). “Nesse mês, a maior influência veio da alta de alojamento e alimentação, mas também houve avanço em outros serviços prestados às famílias, impulsionado, especialmente, pelo crescimento da atividade de espetáculos teatrais e musicais, em função dos shows da cantora Taylor Swift no país”, diz.

Por outro lado, as duas atividades de maior peso no setor de serviços ficaram no campo negativo. O volume dos transportes recuou 1,0%, quarta taxa negativa seguida do setor, que acumulou uma retração de 5,3% nesse período. Em novembro, o transporte de passageiros recuou 2,9%, terceira taxa negativa seguida, enquanto o de cargas avançou 0,6%, após três meses seguidos de queda.

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