Dia da Mulher

Mulheres estão menos endividadas, revela pesquisa da CNC

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta uma queda anual de 0,7 ponto percentual (p.p.) no índice de mulheres endividadas

Houve também um aumento na proporção de mulheres comprometidas com as contas a pagar -  (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Houve também um aumento na proporção de mulheres comprometidas com as contas a pagar - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

No Dia Internacional da Mulher, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma edição especial da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). De acordo com os dados coletados pela entidade, o endividamento entre as mulheres registrou queda anual de 0,7 pontos percentuais (p.p.). Na análise mensal, o nível também diminuiu de janeiro para fevereiro, em 0,2 p.p.

“A pesquisa da Peic para o público feminino mostrou que o endividamento e a inadimplência caíram, também, nesse recorte de gênero. Isso é um sinal positivo, mostrando uma melhora do planejamento financeiro e do orçamento das famílias lideradas por mulheres, mostrando que as mulheres vêm se preparando para voltar ao mercado de consumo em 2024”, avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Além disso, houve um aumento na proporção de mulheres comprometidas com as contas a pagar. Em fevereiro, esse percentual subiu para 30,6%, e é considerado o maior nível já registrado pela série histórica da pesquisa. Já entre os homens, a proporção foi menor, e ficou em 30,2%.

Em fevereiro, também houve queda de 1,4 p.p. na proporção de mulheres que se sentem “muito endividadas”. Por outro lado, o percentual do público feminino que se considera “mais ou menos endividada” aumentou, na comparação com janeiro. Ainda houve queda de 0,5 p.p. do volume de dívidas atrasadas entre as mulheres.

Amostra geral

Na análise geral, em fevereiro houve queda de 0,2 p.p. no número total de endividados, na comparação com janeiro. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o recuo foi de 0,4 p.p. na amostra, e atingiu o percentual de 77,9%. Pelo quarto mês consecutivo, houve redução da proporção de pessoas que se consideram “muito endividadas” (16,7%).

A inadimplência também caiu no mês passado, atingindo 28,1% da população brasileira adulta (acima de 18 anos). Há um ano, esse percentual era de 29,8%. Entre os que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas em atraso, a proporção aumentou em relação a fevereiro de 2023, de 11,6% para 11,9% no mês passado.

Para o economista da CNC, a pesquisa é um indicativo de recuperação das famílias. “O planejamento financeiro vem sendo uma prioridade das famílias, mostrando que as famílias brasileiras estão se preparando para voltar para um consumo de forma mais eficiente e mais preparada ao longo de 2024”, complementa Tavares.

*Estagiário sob a supervisão de Thays Martins

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postado em 08/03/2024 12:44
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