Imposto de Renda

Isenção de R$ 5 mil no IR era descredibilizada por equipe do governo, afirma Haddad

Ministro da Fazenda disse que Lula contrariou time de campanha em 2022 ao prever medida em programa de governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que houve divergências dentro da própria equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda durante a corrida eleitoral de 2022, sobre a viabilidade da isenção de Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF) que recebem até R$ 5 mil. De acordo com o chefe da Pasta, alguns membros do time do então candidato pelo PT desacreditaram na promessa de campanha.

“O presidente Lula, que já tinha governado o país por 20 anos, na campanha de 2022, contrariou a sua equipe de programa de governo e disse ‘olha, eu conheço esse negócio, conheço a Receita Federal e sei que é viável. E eu quero dizer para os trabalhadores que já foram expostos a essa promessa que não foi cumprida, que se eu chegar à presidência de novo, eu vou cumprir’”, afirmou o ministro durante visita à fábrica da Toyota em Sorocaba (SP), ao lado de Lula.

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A isenção de IRPF está prevista para valer já a partir de 2026, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional. De acordo com estimativas da Receita Federal, a medida deve ter impacto na renda de cerca de 10 milhões de trabalhadores. Haddad disse, ainda, que houve dificuldades para implementar a medida, que terá descontos progressivos para quem ganha até R$ 7 mil.

“Para o trabalhador, nós fizemos as cotas. Um trabalhador que ganha de R$ 4 mil a R$ 5 mil, isso vai significar quase um 14º salário”, afirmou o ministro da Fazenda, que acrescentou: “A isenção de Imposto de Renda vai significar, sim, um aumento de renda que vai te permitir fazer mais investimento na sua formação, na formação da sua família, na saúde da sua família, que é o que mais importa”.

Se for aprovada, a medida deve ter impacto de R$ 25,6 bilhões nas contas da União já em 2026, de acordo com estimativa feita pelo Ministério da Fazenda. Como medida compensatória, o texto inclui a taxação de grandes salários, a partir de R$ 50 mil por mês, que pode sofrer resistência no Congresso.

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