
O ministro do Comércio Exterior do Canadá, Maninder Sidhu, sinalizou na quinta-feira (17/7) que há interesse em avançar nas negociações comerciais com o Mercosul, para reduzir a dependência do país dos Estados Unidos. A aposta do governo canadense é diversificar seus parceiros e expandir acordos de livre comércio com mercados em outras regiões do mundo.
Inicialmente, o país foi atingido por tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, que posteriormente foram elevadas para 50%. Como principal fornecedor desses produtos aos Estados Unidos, o impacto para o país vizinho foi significativo.
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Na sequência, o presidente Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas de 35%. Diante desse cenário, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que o governo pretende revisar todas as tarifas aplicadas aos EUA e poderá elevá-las caso as medidas norte-americanas entrem em vigor em 1º de agosto.
Além das medidas de retaliação, o governo canadense também se mobiliza para reduzir a dependência da corrente de comércio com os Estados Unidos, que somou US$ 727,33 bilhões no ano passado.
Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou interesse em retomar e avançar as negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá. O bloco sul-americano — formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia — já realizou rodadas de negociação com os canadenses em anos anteriores, mas o diálogo havia sido interrompido.
Até o momento, apenas o Canadá e a China retaliaram as sanções econômicas impostas por Trump. Caso as tarifas contra o Brasil de 50% e a União Europeia de 30% entrem em vigor a partir do dia 1º de agosto e sejam mantidas as promessas, ambos também devem integrar a lista de represálias.
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