Em um cenário de crescentes desafios climáticos, o Brasil se posiciona como um protagonista na busca por soluções sustentáveis para a agricultura. Um workshop realizado nesta quarta-feira (13/8), promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e Croplife, colocou em evidência o papel crucial da tecnologia na recuperação de pastagens degradadas e sua relevância para a agenda climática global, especialmente com a proximidade da COP30.
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O evento teve como meta articular soluções práticas e escaláveis que combinem inovações agrícolas, financiamento e políticas públicas. O objetivo é construir um documento setorial robusto, com orientações e recomendações para o uso correto e sustentável do campo, que será apresentado durante as negociações da COP30.
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A tecnologia surge como a grande aliada para transformar a realidade das pastagens brasileiras. O workshop destacou um leque de soluções que vão desde produtos biológicos e sementes melhoradas até biotecnologia, defensivos químicos e agricultura de precisão. Silvia Massruhá, da Embrapa, ressaltou ainda o potencial da agricultura regenerativa quando aliada à inteligência artificial (IA) generativa, tornando o setor mais preditivo e eficiente.
Para que essas inovações ganhem escala, é fundamental a integração com a assistência técnica e o acesso a financiamentos inovadores. Painéis específicos no workshop abordaram a integração de produtos e soluções tecnológicas e as melhores formas de viabilizar recursos para toda a cadeia produtiva, evidenciando a relação direta entre a adoção tecnológica e a obtenção de fundos.
A recuperação de pastagens degradadas, impulsionada pela tecnologia, não é apenas uma questão interna; ela tem um impacto significativo na agenda climática global. A ciência e a inovação são vistas como pilares para as discussões sobre sustentabilidade e os desafios dos sistemas alimentares na COP30. “Queremos trazer para a discussão o papel da tecnologia nesse processo, que envolve soluções biológicas, sementes melhoradas, biotecnologia, defensivos químicos, agricultura de precisão e manejo integrado, e a necessidade de integrá-la à assistência técnica e ao financiamento inovador”, afirmou o presidente da Croplife, Eduardo Leão.
