O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniram na manhã desta quarta-feira (15/10), na Residência Oficial do Senado (RO), no Lago Sul, para discutir sobre o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026. Na volta à sede da pasta, Haddad disse que Alcolumbre deu “várias sinalizações e encaminhamentos”, mas que essa parte deve ficar agora para as negociações no Legislativo.
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“Eu não vou antecipar. Se ele propôs um encaminhamento, obviamente que ele sabe que precisa também de uma cooperação da Câmara para que o Congresso como um todo tome uma decisão. Então, o que nós precisamos é saber qual a decisão que o Congresso vai tomar, mas garantir a consistência da decisão que envolve várias leis. Não adianta aprovar uma lei em uma direção e outra lei em outra direção”, disse o ministro.
O texto da LDO deveria ser votado até esta terça-feira, mas foi adiado para a próxima semana, como adiantou o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, que também participou da reunião, e disse que o governo ainda estuda possibilidades de compensação para a MP 1303, que caducou no Congresso Nacional.
Haddad apresentou alternativas ao presidente do Senado durante a reunião e disse que havia diversos pontos da MP em que “todos estavam de acordo”. “Toda a parte de controle de cadastro, estava todo mundo de acordo, a questão de disciplinamento de compensação estava todo mundo de acordo, nem tinha emenda sobre isso”, disse o titular da Fazenda.
O ministro revelou ainda que as alternativas devem ser trabalhadas até o fim de semana, dentro dos cenários apresentados a Alcolumbre. “O que nós temos, nós da área econômica, o que nós estamos almejando nesse momento é que o que está para ser aprovado tem que ser consistente entre si. Não adianta você aprovar uma lei para aumentar gasto, outra lei para aumentar gasto tributário, entendeu? Tem que ter consistência interna.”
Também durante a conversa a jornalistas, o titular da pasta afirmou que o presidente do Senado entendeu que o governo estaria “de boa fé” para prestar apoio técnico aos congressistas. Questionado sobre uma possível reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad disse que mantém conversas informais com ele, mas que ainda não tem previsão de um encontro oficial para tratar sobre o tema.
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