Com início das operações em junho deste ano, a Nio Fibra nasceu com 3,5 milhões de clientes em todo o Brasil, base que antes era atendida pela OI. A empresa, que surgiu após a venda das operações de fibra da telefônica, em processo de recuperação judicial, tem agora dois principais desafios para 2026: firmar-se como uma marca nova e fidelizar os clientes vindos da antiga empresa. Ao Correio, o CEO da Nio, Marcio Fabbris, destacou desafios e planos para o Distrito Federal.
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Com 140 mil assinantes e 22% de market share, indicador que aponta participação no mercado, a marca já é uma das líderes em fibra óptica na capital federal. Fabbris destaca que a empresa consegue cobrir 70% do DF.
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Segundo o CEO, os novos passos para a capital federal incluem melhorias em infraestrutura. "Nosso objetivo é investir mais em qualidade do que em cobertura", explica. Para isso, a empresa vai investir na conexão da rede para edifícios e prédios residenciais e no velho e eficiente serviço de "porta em porta", com parceiros de vendas locais e presença nos condomínios.
Além de melhorar a conexão e aumentar o número de linhas disponíveis para moradores dos imóveis, Fabbris explica que a medida é importante para "dar um alívio" e não sobrecarregar a rede existente. Segundo a empresa, há mais de 700 mil pontos disponíveis para novos clientes.
Inovação
A escolha do nome não foi à toa. Nio vem de uma tentativa de aportuguesar a palavra inglesa New (novo, na tradução para o português) e brincar com a pronúncia. A ideia, explica o CEO, é simplificar e trazer uma cara mais moderna no setor. "É a chance de lançar uma empresa que faça tudo diferente", explica.
A Nio oferece sete planos de assinatura, três para pessoa física e quatro para empresas. A medida busca simplificar a vida do consumidor na hora de escolher o serviço e segue a tendência de empresas internacionais, como a estadunidense T-Mobile. "Visitamos algumas empresas internacionais para ver o que tem de melhor no mundo e trazer para cá", relata.
Em relação aos planos, a empresa faz ainda uma promessa ousada: congelar os preços dos planos para os assinantes até 2028. Para internet residencial, a Nio criou três categorias.
Há mais de 20 anos no setor de telecomunicações, Fabbris destaca as diferenças de atuar em uma empresa que já nasceu após o advento do 5G. "Isso te dá a chance de estar sempre na vanguarda da tecnologia", aponta. O CEO também pontuou a vantagem de iniciar uma empresa com estrutura moderna de fibra óptica, o que elimina os custos para se adaptar ao modelo.
Apesar das facilidades da empresa "Geração Alpha", alguns desafios são comuns a todas as empresas do setor: a informalidade. A falta de regularização por pequenas prestadores de internet e até mesmo a relação de algumas dessas empresas com o crime organizado levaram a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a criar o Plano de Ação para combate à concorrência desleal e para a regularização da prestação do serviço de banda larga fixa. Com a implementação, todas as empresas, independentemente do porte, precisam de autorização formal para atuar.
Em processo de recuperação judicial desde 2016, a OI passou a vender ativos e opera atualmente apenas no mercado corporativo com a Oi Soluções. Em 2020, a empresa deixou de oferecer os serviços de telefonia, comprados por um consórcio formado por TIM, Vivo e Claro.
Já as operações da rede de internet Oi Fibra, processo que culminou na criação da Nio, começou em 2021. Na época, a empresa optou pela cisão da operadora em duas, uma para a parte de infraestrutura das tecnologias e outra para a carta de clientes.
Atualmente, a V.tal é responsável pela estrutura de fibra óptica. A empresa fundada em 2021 é uma rede de internet neutra, uma espécie de plataforma que oferece a infraestrutura de telecomunicação para operadoras. Já a Nio fica encarregada da relação direto dos clientes e usa a estrutura da V.tal.
