BASQUETE

Brasília perde para o Bauru diante da torcida e segue sem vencer em casa

Competitivo no primeiro tempo, os candangos seguiram a sofrer com a brusca queda de rendimento na etapa complementar

Paulo Martins*
postado em 26/10/2022 22:01 / atualizado em 26/10/2022 22:04
 (crédito: Divulgação/Brasília Basquete)
(crédito: Divulgação/Brasília Basquete)

Na estreia diante de sua torcida no Ginásio Nilson Nelson, o Brasília voltou a perder como mandante e continua sem triunfar na condição local pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Na noite desta quarta-feira (26/10), os brasilienses voltaram a cair diante de uma formação paulista, desta vez contra o Bauru, por 86 x 66.

Competitivo na metade inicial, os locais se fizeram irreconhecíveis, outra vez, durante a parte final do duelo, deixando-se ir a vantagem construída, sofrendo uma virada incontestável através das falhas, mas também de mérito através da solidez bauruense. Do lado visitante, o destaque ficou com o ala/pivô Gemerson, ex-Brasília, dono de 12 pontos e oito rebotes, dono da maior eficiência em quadra, com 17 tentos.

1º Quarto: Efetividade desde o perímetro

A proposta inicial, apesar da escalação, foi pelos tiros perimetrais, com eficácia desde as mãos de Paulo Scheuer, Ricardo Fischer e Gemadinha. Os paulistas tinham como trunfo a bola de meia distância, ineficaz em termos de pontuação para se aproximar no princípio do jogo. A diferença de nove pontos no marcador, a menos de dois minutos por jogar, fez o técnico Guerrinha parar o jogo.

Ao longo do período, a infiltração, sempre com os mais velozes, se tornou alternativa no ataque. Porém, seguido ao timeout, a diferença caiu para cinco tentos e o placar apontou 24 x 19 a favor dos locais. Gemadinha marcou oito pontos de onze possíveis, sendo o destaque parcial.

2º Quarto: Mão na forma

O retorno para a segunda parcela do jogo teve um atraso de oito minutos por falha no relógio eletrônico de jogo do Nilson Nelson. O regresso foi favorável ao Bauru, apesar da melhora em ambas defesas. Nos primeiros dois minutos e meio, a vantagem brasiliense caiu um ponto, com o 3 x 2 parcial. A imobilidade no garrafão, em ambos lados do terreno, fez os bauruenses liderarem o duelo pela primeira vez na noite.

Por sorte dos mandantes, o ritmo não caiu e a breve recuperação para uma liderança de cinco pontos obrigou Guerrinha a pedir novo tempo técnico. O ritmo subiu e as pontuações seguiram da mesma forma. Melhor, desta vez, para o Brasília, pouco errante nas finalizações. Na íntegra do primeiro tempo, Ricardo Fischer converteu 85% dos arremessos, indo para o intervalo com 17 pontos.

3º Quarto: Problemas antigos, danos atuais

A queda no terceiro período acometeu os candangos na fase de ataque, mas não na defesa, não permitindo a virada até os quatro minutos da segunda metade. Na sequência, uma diferença de seis tentos foi aberta pelos paulistas. Surpreendentemente, Dedé Barbosa (juntamente da arquibancada, faça-se justiça) fizeram o time não se perder inteiramente no jogo, puxando os visitantes para a pressão.

Algumas decisões contestáveis da arbitragem também puxavam para a cabeça dos mediadores o nervosismo da partida. Com sete pontos abaixo no marcador, o treinador local solicitou timeout para reorganizar sua esquadra. O jogo seguiu faltoso durante o restante do quarto. Porém, a ineficácia ofensiva seguiu fazendo estragos tanto nas infiltrações quanto nas bolas triplas. A penúltima parte do jogo fechou em assombrosos 21 x 10 para os visitantes e o placar se converteu em desfavorável, por diferença de dez, para os celestes.

4º Quarto: Defeitos permanentes

A imobilidade do segundo tempo veio para ficar, e o garrafão desguarnecido se tornou via fácil para a maior abertura de vantagem da noite, em 13 pontos, em pró dos paulistas. Duas jogadas livres debaixo do aro foram criadas de forma consecutiva por paragem do ala/pivô Paulo Scheuer nos lances, indicando seus altos e baixos, em meio aos raros instantes de aparição para qualquer efeito.

Ao faltar sete unidades, Dedé Barbosa voltou a parar a partida, mas sem surtir o efeito desejado dentro das quatro linhas. A vantagem rival aumentava ao passo que os erros com a bola eram permanentes e a desistência pelo bom jogo tornou-se um componente fatal. Com isto, Brasília conheceu sua terceira derrota no NBB 2022/2023.

Os candangos voltam às quadras na próxima terça-feira, 1º de novembro, em Santa Cruz do Sul, em confronto contra os gaúchos do União Corinthians. Os bauruenses seguem em agenda no Distrito Federal: enfrentam o Cerrado, no Ginásio da Asceb, nesta sexta-feira (28/10).

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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