RACISMO

Caso Vinícius Júnior: entidades pedem R$ 10 milhões após ofensas racistas

As entidades defendem que as ofensas racistas violaram os direitos à honra e dignidade de toda a população negra brasileira

As entidades Educafro e Centro Santo Dias e Direitos Humanos Arquidiocese de São Paulo entraram com uma ação pedindo indenização por danos morais pelas ofensas racistas sofridas pelo jogador Vinícius Júnior. A ação, no valor de R$ 10 milhões, é destinada ao comentarista espanhol Pedro Bravo e a emissora Mega.

As entidades defendem que as ofensas racistas violaram os direitos à honra e a dignidade de toda a população negra brasileira, por isso a ação pede indenização por danos morais coletivos. Ambas associações são conhecidas pelo trabalho em prol dos direitos humanos.

"O direito cuja aplicação é reclamada na presente ação coletiva não é o relativo à esfera individual da estrela do futebol mundial Vinicius Júnior, vítima de imprecações racistas que materializam o menoscabo à honra e à dignidade; mas o direito de toda a humanidade, e do povo brasileiro em especial, de não se ver afrontada por nenhuma forma de racismo, ofensivo à generalidade das pessoas, em particular da população negra do Brasil, gerando repulsa e indignação, o que leva à necessária aplicação do dever de reparar o dano moral perpetrado contra todos, indistintamente, pela via da grave violação de valores fundamentais historicamente conquistados", dizem os autores da ação.

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Relembre o caso

No dia 15 de setembro, no programa El Chiringuito de Jugones, que fala sobre futebol espanhol, o comentarista Pedro Bravo disse para Vinicius Junior parar de “fazer macaquice”, em relação às comemorações dançando após os gols que o brasileiro marca pelo Real Madrid.

O assunto foi pauta no programa por uma fala do volante do Atlético de Madrid Koke, ídolo do clube, que teria dito que haveria confusão em campo se Vinicius, ao marcar um gol, comemorasse com dança.
Com isso, Bravo declarou: “Você tem que respeitar o rival. Se quer dançar, vá ao sambódromo no Brasil. Aqui o que você tem que fazer é respeitar os companheiros de profissão e deixar de fazer macaquice”.

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