Brasil

Técnico de Camarões terá chance de revanche contra o Brasil após 30 anos

Presente na primeira partida entre os países em Copas, em 1994, Song reencontra a Seleção

JOÃO VITOR MARQUES - Enviado especial
postado em 01/12/2022 03:00
 (crédito:  Claudio Versiani/CB/D.A Press)
(crédito: Claudio Versiani/CB/D.A Press)

Doha — Em 24 de junho de 1994, Brasil e Camarões se encontravam em uma partida de futebol pela primeira vez na história. Nos 28 anos que se seguiram, os adversários se reviram em cinco oportunidades — com ampla vantagem brasileira. O sétimo duelo será amanhã, às 16h, em Lusail, pela última rodada do Grupo G da Copa do Mundo do Catar. A partida terá um sentimento especial, de revanche, para Rigobert Song.

O técnico da seleção camaronesa esteve naquele jogo de quase três décadas atrás, pela fase inicial do Mundial dos Estados Unidos. Song era zagueiro titular da equipe comandada pelo francês Henri Michel e foi expulso de campo aos 18 minutos do segundo tempo por fazer falta dura em Bebeto.

O lance foi decisivo para os rumos que o jogo tomou dali em diante. Apesar do domínio brasileiro, a vantagem era de apenas 1 x 0 quando o defensor levou o cartão vermelho. Romário, autor do gol, chegou a comentar após a partida que "eles são duros, mas não são violentos" ao relembrar o jogo camaronês.

Depois da expulsão, o Brasil marcou com Márcio Santos e Bebeto. A vitória por 3 x 0 no Estádio de Stanford classificou a Seleção Brasileira antecipadamente às oitavas de final daquela Copa do Mundo, marcada na história pela conquista do tetracampeonato.

Embora passe longe de ser um dos jogos mais emblemáticos daquela competição, a vitória sobre Camarões veio acompanhada de uma mudança decisiva para a equipe de Carlos Alberto Parreira. Foi a primeira partida com o zagueiro Aldair titular. Meses antes, o defensor da Roma tinha a presença na Copa colocada em xeque. Convocado como reserva, entrou no time após a lesão de Ricardo Rocha, na estreia contra a Rússia.

Aldair teve papel fundamental naquela campanha. Formou com Márcio Santos a dupla de zagueiros que foi um dos pilares do forte sistema defensivo brasileiro, que levou apenas três gols nas sete partidas da Copa — um da Suécia, na primeira fase, e dois da Holanda, nas quartas de final.

Inspiração

A história vencedora dos tetracampeões em 1994, forçados a mudar o time por questões médicas, pode ser inspiração para a equipe atual. Nos dois primeiros jogos no Mundial do Catar, a defesa brasileira não apenas não sofreu gol — a exemplo do que ocorreu nos EUA —, como nem sequer permitiu finalizações certeiras dos atacantes de Sérvia e Suíça. Essa estrutura, porém, tem sofrido alterações exatamente por problemas físicos, como ocorreu há 28 anos.

A linha defensiva titular na vitória por 2 x 0 sobre os sérvios na primeira rodada tinha Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro. Os dois laterais sofrem com questões físicas. Na direita, Danilo se recupera de uma lesão no tornozelo esquerdo e deu lugar a Éder Militão no time titular. Na esquerda, Alex Sandro sentiu problema muscular no quadril esquerdo e saiu no segundo tempo do triunfo por 1 x 0 diante dos suíços, na segunda rodada, para a entrada de Alex Telles.

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