Uma França de duas vertentes esteve em campo no Estádio Icônico de Lusail na final da Copa do Mundo. Durante 45 minutos, o time europeu ficou na roda e viu a Argentina construir uma grande vantagem. Até ali, a derrota era na organização e até na vontade. Gradualmente, com novas peças em campo, os franceses conseguiram encontrar um estilo de jogo, ganharam confiança e, em dois minutos brilhantes de Mbappé, conseguiram forçar uma prorrogação, onde tomaram o gol, reagiram e caíram nas penalidades.
No primeiro tempo, o time de Didier Deschamps ficou na roda vendo a Argentina jogar. O ataque foi ineficiente e o sistema de marcação ficou perdido diante dos avanços com movimentação da Argentina. Na etapa final, modificada taticamente, a França foi evoluindo aos poucos e ressurgiu com os gols marcados entre os 34 e os 36 minutos. Melhor fisicamente e mais confiantes, levou o jogo até a prorrogação, onde chegou a ficar mais com bola, mesmo sem arriscar.
Quando a Argentina fez o terceiro, Mbappé, artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, voltou a brilhar com um hat-trick na final para forçar os pênaltis, onde também converteu a sua cobrança, mas não evitou o vice-campeonato. Com vários titulares em dia muito abaixo da rotação normal, os nomes acionados por Deschamps no banco de reservas conseguiram, aos trancos e barrancos, recolocar a França no jogo e foram responsáveis pela reação incrível no tempo normal.
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Veja as notas dos franceses no jogo
Lloris — Nota: 6,0
Goleiro com mais partidas em Copas, foi deslocado por Messi no pênalti e não conseguiu abafar o segundo de Di Maria. Sem culpa nos três gols sofridos, fez algumas boas defesas em lances de perigo da Argentina. Levou quatro gols nos pênaltis.
Koundé — Nota: 4,0
Foi driblado de forma desconcertante no gol de Di Maria, ficou tonto em outros combates com o camisa 11 e foi personagem da falta de organização defensiva do primeiro tempo. Melhorou na reta final, mas longe de estar em uma noite de inspiração
Varane — Nota: 4,5
Assim como o companheiro de equipe, teve uma noite longe de ser inspirada. Bloqueou alguns avanços pelo meio, mas teve dificuldade contra os argentinos. Errou alguns passes bobos na construção inicial das jogadas. Cresceu quando a equipe evoluiu e deixou o campo extenuado.
Upamecano — Nota: 4,0
Errou passe capital no lance que gerou o segundo gol da Argentina, de Di Maria, e teve bastante dificuldade de encontrar o ritmo de marcação contra a movimentação constante do ataque adversário. Melhorou e foi bem em momentos importantes da prorrogação.
Theo Hernández — Nota: 4,0
Autor de um dos gols na semifinal contra Marrocos, foi mal durante o tempo que esteve em campo. Deu lugar a Camavinga no meio do segundo tempo e, do banco, foi o time crescer com a substituição.
Tchouaméni — Nota: 4,5
No primeiro tempo, acompanhou o time na dificuldade de marcar no meio de campo. Quando a França evoluiu, Tchouaméni foi junto. Pilar da marcação, ajudou o time a crescer, mas não evitou o vice-campeonato e ainda perdeu sua cobrança na decisão por pênaltis.
Rabiot — Nota: 5,5
Foi um dos principais rostos da França de duas vertentes na partida. Começou mal e não conseguiu acompanhar a marcação no meio-campo. Evoluiu com o time, foi combativo na marcação, levou amarelo quando passou do limite e saiu de campo na prorrogação.
Griezmann — Nota: 5,0
Esteve longe de estar no ritmo apresentado nas outras partidas da Copa, mas, no setor ofensivo, foi quem tentou as melhores alternativas antes da retomada. Suas jogadas laterais, porém, não foram aproveitadas pelos companheiros.
Dembélé — Nota: 3,0
Autor do pênalti do primeiro gol da Argentina, ficou na roda em praticamente todos os confrontos na marcação contra Di Maria. Perdido em campo e sem conseguir ser opção ofensiva, saiu ainda no primeiro tempo.
Giroud — Nota: 3,5
Teve a única oportunidade da França no primeiro tempo em lance de cabeça, paralisado por falta na disputa por cima. Sem ver a cor da bola na sequência, foi sacado no primeiro tempo e deixou o gramado com aparência insatisfeita.
Mbappé — Nota: 8,0
Apagadíssimo durante toda a partida, precisou de apenas dois minutos de inspiração para devolver o sonho do tricampeonato da França. Foi a principal opção ofensiva, marcou os três gols franceses, fez outro nos pênaltis e terminou a Copa como artilheiro e grande destaque, apesar do vice-campeonato.
Técnico: Didier Deschamps — Nota: 5,5
Viu o time ter muita dificuldade contra a Argentina no início do jogo. Mesmo com a tática inofensiva, ganhou pontos pela coragem de mudar ainda no primeiro tempo. Os nomes acionados do banco, inclusive, foram bons destaques.
Reservas
Thuram — Nota: 6,0
Entrou ainda no primeiro tempo e, assim como a França, demorou para encontrar o ritmo do jogo. Depois, embalou com a equipe. Nos dois minutos brilhantes da reação francesa, deu bela assistência para Mbappé igualar e forçar a prorrogação.
Kolo Muani — Nota: 6,5
Entrou em campo com mais vontade quando o resultado da Argentina estava construído e brigou bastante em cada bola que disputou. Foi o autor da primeira finalização da França na final perdida e sofreu um pênalti convertido por Mbappé.
Camavinga — Nota: 6,5
Mesmo fora de posição, foi uma das bases do sistema que ajudou a França e renascer em campo.
Coman — Nota: 5,5
Entrou em campo quando o resultado parecia estar perdido. Com o 2 x 1 no placar, desarmou Messi e iniciou a jogada que culminou no segundo gol de Mbappé. Teve a infelicidade de parar em Martínez nos pênaltis.
Fofana — Nota: 5,0
Substituiu Rabiot com a missão de dar mais gás na marcação francesa e viu do campo o time tomar o terceiro gol e ainda reagir.
Didasi — Sem nota
Teve apenas cinco minutos em campo e não teve tempo de interferir no resultado da partida.
Konaté — Nota: 5,0
Foi acionado para substituir o cansado Varane quando o jogo estava 3 x 2. Não interferiu no resultado.
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