Paris-2024

Pré-Olímpico masculino de vôlei: Brasil vira e vence República Tcheca

Com exibição espetacular no tie-break após ficar quatro pontos atrás, Seleção supera rival do Leste Europeu e mantém invencibilidade no Pré-Olímpico. Darlan comanda triunfo dificílimo no Maracanãzinho

Carioca da gema, Darlan foi o maior pontuador da partida com 23 pontos aos 21 anos -  (crédito: Mauricio Val/FVImagem/CBV)
Carioca da gema, Darlan foi o maior pontuador da partida com 23 pontos aos 21 anos - (crédito: Mauricio Val/FVImagem/CBV)
postado em 01/10/2023 12:26 / atualizado em 01/10/2023 12:49

E daí que ele só tem 21 anos? O oposto Darlan Souza estava em casa. Carioca da gema, o jogador de 1,93m do Sesi-SP vestiu a capa de super-herói e assumiu o protagonismo na vitória de virada do Brasil contra a República Tcheca na manhã deste domingo, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, pela segunda rodada do Pré-Olímpico masculino de vôlei.

Cabeça de chave do Grupo A, a Seleção disputa duas vagas diretas aos Jogos Olímpico de Paris-2024. Depois de vencer o Catar por 3 sets a 0 no sábado, o time de Renan Dal Zotto superou o adversário do Leste Europeu por 3 sets a 2 com parciais de 22/25, 25/16, 25/20 e 25/21 e 17/15.

Darlan teve o nome gritado no ginásio e correspondeu. Foi o maior pontuador do jogo com 23 bolas no chão. Lucarelli contribuiu com 17. Do outro lado, Marek Sotola (18) e Lukas Vasina (17) fizeram a diferença e deram trabalho ao sistema defensivo verde-amarelo. "O Darlan tem uma energia incrível. Entra e contagia todo mundo. No tie-break, cada ponto foi comemorada como se fosse um gol", comemorou o levantador Bruninho em entrevista ao SporTV. 

"Cara, esse ambiente é surreal, a torcida chega junto. É incrível, não tem explicação. Foi o jogo da minha vida. Entrei, ajudei a equipe e espero que seja assim daqui para a frente", festejou Darlan. "Ouvir o meu nome gritado e 'eu acredito' foi emocionante", afirmou. 

O Brasil folga nesta segunda-feira e retornará à quadra na terça, às 20h30, contra a Alemanha. Na sequência, enfrentará Ucrânia, Cuba, Irã e a Itália. São 24 seleções divididas em três grupos com oito cada com sedes no Rio, Japão e China. Seis países garantirão vaga direta em cada chave e juntarão à anfitriã França na lista dos 12 qualificados. Outras cinco senhas dependem de uma espécie de repescagem com base no ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

A Seleção tomou susto no primeiro set. A República Tcheca se impôs dentro do ginásio do Maracanãzinho e abriu 1 set a 0 disputando ponto a ponto por 22/25. O técnico Renan olhou para o banco e chamou Darlan para comandar a reação. Em manhã de gala, o oposto contou com a parceria do ponteiro Lucarelli para liderar a virada do Brasil com parciais de 25/16 e 25/20. A simpatia de Darlan contagiou o público na arena.

O quarto set começou ponto a ponto, porém, aos poucos, a República Tcheca tomou as rédeas da partida. Abriu 13 x 10 e obrigou Renan a pedir tempo técnico para colocar a casa em ordem. A conversa não conseguiu deter a força do adversário. Apesar da tentativa de reação, os tchecos empataram a partida em dois sets com vitória por 25 x 21 e forçaram o tie-break. 

A República Tcheca levou para o quinto set a energia da reação no quarto e aproveitou-se dos erros do Brasil e do silêncio no Maracanãzinho para abrir vantagem na parcial decisiva do jogo. Renan parou o jogo na tentativa de esboçar a reação, mas a República Tcheca estava impossível. Abriu quatro pontos e tentou administrar o fim da partida. No entanto, o Brasil reagiu de maneira espetacular, igualou o placar em 13 x 13, salvou match point e virou a partida por 17 x 15. 

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