Vôlei feminino

Tudo que você precisa saber sobre a Superliga Feminina 2023/2024

Disputa começou oficialmente na última terça-feira (7/11), com vitórias do atual campeão Praia Clube e do Bluvôlei. Distrito Federal será representado pelo Brasília

Na edição 2022/2023, o Praia Clube se sagrou como o grande campeão da Superliga pela segunda vez na história -  (crédito: Eliezer Esportes/CBV)
Na edição 2022/2023, o Praia Clube se sagrou como o grande campeão da Superliga pela segunda vez na história - (crédito: Eliezer Esportes/CBV)
postado em 08/11/2023 21:07 / atualizado em 08/11/2023 23:30

Prestes a dar a largada, a Superliga de Vôlei Feminina terá um tempero especial. A temporada 2023/2024 da elite do esporte de quadra brasileiro será a 30ª da história da competição. E, para celebrar o marco, 12 times participarão da festa em busca de alcançar o mais alto degrau no pódio.

O campeonato começou. Em partida antecipada da terceira rodada, a pedido do Bluvôlei, a equipe catarinense superou o São Caetano, no último sábado (4/11), por 3 sets a 1. A bola amarela e azul, porém, subiu para a abertura da primeira rodada e da competição de maneira oficial nesta terça-feira (7/11). Atual campeão, o Praia Clube venceu o São Caetano por 3 sets a 0, enquanto o Pinheiros derrotou o Sesi por 3 sets a 2. 

Durante a fase que antecede o mata-mata, cada uma das 12 equipes se enfrentará duas vezes. Os times farão 11 partidas em casa e 11 fora. A fase será encerrada em 22 de março de 2024. Os oito mais bem colocados se classificam às quartas de final. No mata-mata, o líder enfrenta o oitavo, o segundo encara o sétimo e assim por diante a partir de 29 de março em série melhor de três. O modelo de disputa será o mesmo na semifinal. A decisão, marcada 28 de abril, será disputada em jogo único.

A nova edição do torneio também chegará como uma oportunidade para o vôlei brasiliense. Único representante da capital federal na elite feminina pela quarta temporada seguida, o Brasília Vôlei buscará uma vaga na fase seguinte.

Como de costume, o Ginásio Sesi Taguatinga será o palco das partidas da equipe verde do quadradinho como mandante. A seguir, o Correio mostra como chegam a equipe candanga e os demais 11 times presentes no torneio para o começo de mais uma edição da Superliga.

Brasília Vôlei

O time verde de Taguatinga não se acanhará na corrida por uma vaga no mata-mata. Sob o comando do novo treinador Ângelo Vercesi, o Brasília Vôlei iniciará a caminhada na Superliga após ter feito uma pré-temporada positiva, com, inclusive, parte do elenco renovado. Com as chegadas de jogadoras como a levantadora Mikaella Costa, ex-São Caetano, as ponteiras Vitória Parise, ex-Pinheiros e Sabrina Groth, ex-Bauru, além da permanência da também ponteira Ana Medina, um dos destaques da equipe na temporada passada, o Brasília alcançou o segundo lugar na Copa Brasília, com vitória sobre o Fluminense, e a terceira colocação no Campeonato Mineiro. Perdeu para o vice-campeão da Superliga, o Gerdau Minas, em partida disputada.

Melhor Campanha: 6º lugar

Ginásio: SESI Taguatinga

Principal jogadora: Ju Carrijo

Treinador: Ângelo Vercesi

Praia Clube

Atual campeão, o Praia Clube chega à nova edição da Superliga não só para defender o título conquistado, mas para buscar a terceira taça da própria história. Para isso, contará com uma equipe estrelada, portadora, inclusive, de atletas com experiência de Seleção Brasileira. Entre elas, estão a central Adenízia, campeã olímpica em 2012, a experiente ponta Monique Pavão, campeã do Grand Prix em 2013, e a líbero Natinha, presença constante na equipe de Zé Roberto Guimarães. Sob a batuta do treinador Paulo Coco, o Praia iniciou a temporada com dois títulos: a Copa Brasília e o Campeonato Mineiro.

Melhor Campanha: Campeão (2017-18 e 2022-23)

Ginásio: Waltercides Borges de Sá

Principal jogadora: Natinha

Treinador: Paulo Coco

Gerdau Minas

Vice-campeão da edição anterior, o Gerdau Minas chegará à competição marcando presença na prateleira de favoritos ao título. Pentacampeã do torneio, segunda em número de taças, ao lado do Osasco, a equipe mineira poderá contar com a tradição e a força do elenco para buscar o sexto título. Para a atual temporada, renovou o time com peças internacionais, como as americanas Jenna Grey e Annie Mitchem, levantadora e ponteira, respectivamente. Além delas, grandes jogadoras com presença carimbada na seleção brasileira, a central Thaisa, a ponteira Pri Daroit e a líbero Nyeme farão parte da equipe.

Melhor Campanha: Campeão (2001-02, 2018-19, 2020-21, 2021-22)

Ginásio: Arena UniBH

Principal jogadora: Thaísa

Treinador: Nicola Negro

Bluvôlei

Estreante na primeira divisão, a equipe de Blumenau buscará permanecer na elite e repetir o feito inédito durante os 33 anos de história. Para isso, reformulou 70% do elenco vice-campeão da Superliga B. Das 16 atletas, 11 são novatos. Entre elas, estão a levantadora Ana Cristina, ex-SESC Flamengo, e a central Natasha Farínea, ex-Sport Lisboa e Benfica.

Melhor Campanha: Estreia

Ginásio: Galegão

Principal jogadora: Ivna Colombo

Treinador: Rogério Portella

São Caetano

Presente na elite pela segunda temporada consecutiva desde a campanha vencedora da Superliga B, em 2021/2022, a equipe paulista, uma vez campeã da primeira divisão (1991/1992), buscará um resultado melhor do que o apresentado na última temporada. Naquela ocasião, acabou rebaixada, mas contou com a desistência de classificados na segunda divisão para permanecer. Para a campanha da vez, se reforçou com a ponta Mari Blum, atleta com experiência internacional após passagem pela Grécia, em 2022.

Melhor Campanha: 9º lugar

Ginásio: Lauro Gomes

Principal jogadora: Laura Machado

Treinador: William Carvalho

Barueri

A equipe roxa chegará para a sétima temporada seguida na Superliga com um jovem elenco à disposição. Afinal, apenas três jogadoras da equipe não são nascidas nos anos 2000. Apesar disso, a tática não transparece ar de equipe limitada. Mesmo com elenco jovem, o Barueri tem alcançado o mata-mata em todas as temporadas desde 2019.

Melhor Campanha: 4º lugar

Ginásio: Poliesportivo José Corrêa

Principal jogadora: Carolina Leite

Treinador: Wagner Luiz

Fluminense

Apesar de jamais ter chegado ao título da competição, o tricolor carioca é presença mais do que constante não só na primeira divisão do vôlei feminino, como também no mata-mata do torneio. Para chegar mais uma vez à segunda fase, terá um elenco formado por uma mescla de personagens brasileiras e estrangeiras. Além da central Lara, figura frequente na Seleção Brasileira, a equipe também terá à disposição a ponteira sérvia Aleksandra Uzelac e a central norte-americana Claire Felix.

Melhor Campanha: 5º lugar

Ginásio: João Coelho Netto

Principal jogadora: Uzelac

Treinador: Guilherme Schmitz

Osasco

Equipe tradicional no cenário do voleibol, com cinco conquistas da Superliga durante a própria história, sem contar com o recorde de vice-campeonatos, 12 no total, o Osasco correrá atrás de um resultado melhor do que a segunda colocação na temporada 2022/2023. Poderá, no entanto, deixar o objetivo pelo primeiro título de Superliga desde 2012 em boas mãos. Possui no plantel jogadoras renomadas como a central Fabiana Claudino, a oposta Lorrene Teixeira, e a líbero Camila Brait, todas com experiência de seleção brasileira.

Melhor Campanha: campeão (2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2009/2010 e 2011/2012)

Ginásio: José Liberatti

Principal jogadora: Camila Brait

Treinador: Luizomar de Moura

Pinheiros

De cara nova no comando da comissão técnica, o ex-treinador do Brasília Vôlei, Duda Nunes, o Pinheiros parte pela busca de um resultado mais relevante do que o melhor alcançado nos últimos sete anos: o sétimo lugar em 2022/2023. Para alcançar o objetivo terá em mãos um elenco quase inteiramente novo. Das 14 jogadoras que estrearam no Paulistão, em agosto passado, apenas quatro eram remanescentes da temporada anterior.

Melhor Campanha: 7º lugar

Ginásio: Henrique Villaboim

Principal jogadora: Mara Leão

Treinador: Duda Nunes

SESC RJ Flamengo

O maior campeão da história da Superliga de maneira disparada, com 12 títulos, não conquista o torneio desde a temporada 2016/2017. Apesar disso, não tem deixado a bola cair. De lá para cá, teve como pior resultado a 5ª colocação e marcou presença no pódio em quatro oportunidades, e em relação à temporada atual, não deve ser diferente. Afinal, a equipe vem numa crescente desde a temporada retrasada. Após o quinto em 2021/2022 por um ponto de diferença, e o quarto lugar 2022/2023, novamente por um ponto de diferença, o rubro-negro terá novamente no técnico Bernardinho. Como destaques, terá à disposição a levantadora canadense Brie King e a ponteira norte-americana Roni.

Melhor Campanha: campeão (1997-98, 1999-00, 2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13, 2013-14, 2014-15, 2015-16 e 2016-17)

Ginásio: Ginásio do Tijuca

Principal jogadora: Brie King

Treinador: Bernardinho

Bauru

Mais um paulista na briga. E, assim como alguns outros, na busca pelo inédito título do torneio. Porém, apesar da ausência de um lugar no lugar mais alto do pódio, o clube fundado em 2005 não deixa de deixar boa impressão. Na elite de forma ininterrupta desde 2019, não finalizou a campanha na elite em posição abaixo do 6º lugar uma vez sequer. Para mais um sucesso com direito a presença no mata-mata, contará com a experiência do treinador Marcos Kwiek. O comandante, na atual função pela segunda vez na carreira, foi auxiliar de José Roberto Guimarães da seleção brasileira feminina, entre 2003 e 2008.

Melhor Campanha: terceiro lugar

Ginásio: Poliesportivo Paulo Skaf

Principal jogadora: Dani Lins

Treinador: Marcos Kwiek

Maringá

O clube paranaense terá, na terceira temporada na disputa da primeira divisão, a tarefa de se manter na elite do voleibol brasileiro. Para chegar lá, todavia, não dá para dizer que a equipe não se reforçou. Reforços esses, aliás, estrangeiros e de posições diferentes. São eles a levantadora japonesa Tamaki Matsui, a oposta argentina Daiana López e a líbero colombiana Juliana Toro.

Melhor Campanha: 9º lugar

Ginásio: Municipal de Esportes Chico Neto

Principal jogadora: Francynne Jacintho

Treinador: Aldori Júnior

 

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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