Arnaldo Ribeiro, em abril, classificou o Botafogo como “lixo”. O comentarista não desrespeitou o clube. Afinal, centrou sua avaliação no time. Qualquer ser bípede e com a mínima massa encefálica sabe diferenciar equipe de instituição. Ribeiro, no entanto, limitou sua análise ao aspecto técnico. Não poderia prever que o Botafogo de hoje é um lixo moral. Um elenco sem escrúpulos que, nas últimas rodadas, defecou sobre a cabeça de seu torcedor, o maior patrimônio do Glorioso. Salvo raríssimas exceções, os jogadores são párias que não merecem vestir a Estrela Solitária. Indignos. Irresponsáveis. Infames. Mesquinhos. Ordinários. Canalhas. E, sobretudo, pipoqueiros.
Este mesmo grupo, paneleiro, aproveitou os erros cometidos pelo último treinador para boicotá-lo e tomar de assalto o departamento de futebol. Sem pulso, André Mazzuco e John Textor aceitaram. Como representação de poder e sem nenhum contestação, os jogadores, aproveitando a onda favorável, colocaram um ventríloquo no banco de reservas sob o falso argumento que venceriam o título brasileiro. Sim, torcedor. Eles estão te enganando. Basta ver como entregaram jogos que estavam nas mãos, como Grêmio e Palmeiras. São vexames em sequência de um time que ainda é líder sabe-se lá como.
Lucio Flavio não tem competência para treinar qualquer time da primeira à ultima divisão do futebol brasileiro. Em 15 pontos disputados no Rio de Janeiro, conquistou um. Em três passagem pelo Mais Tradicional, obteve 25%, 41% e, agora, 33% quando bastava ao Botafogo ser medíocre para sagrar-se campeão. É como se a empresa promovesse o seu pior funcionário. Aliás, é inadmissível que, em uma SAF, o Passageiro da Agonia estivesse ali, na cena do crime. Além da incapacidade, esta figura exala fracasso e representa velhos hábitos execráveis. Deveria passar longe do Estádio Nilton Santos, do CT Lonier e do palacete colonial de General Severiano.
Torcida do Botafogo levou facadas nas costas
Deixamos, então, o dublê de treinador de lado. Certamente, não estará em Bragança Paulista, no domingo. Voltamos à arquibancada. Não houve, em mais de 100 anos, uma mobilização tão grande no “botafoguismo”: mosaicos diferentes a cada jogo, Nilton Santos sempre lotado, presença massiva em jogos fora de casa, torcedores perdoando eliminação e buscando time no aeroporto, apoio em treinos, entrega de corpo e alma… Como resposta, o Botafogo deu uma facada nas costas de cada alvinegro. Trata-se de uma relação tóxica, sem mão dupla.
Quem frequenta estádio e acompanha o universo alvinegro lê, diariamente, relatos de torcedores que passaram mal e têm a saúde comprometida por conta dos últimos resultados. Infelizmente, o quadro vai se agravar. Os sonhos foram destruídos. Assim, psicólogos já estão de prontidão. O time, com bom futebol, ilude o público para, em seguida, desmoronar. Amores que matam não morrem. O Botafogo seguirá torturando o seu maior patrimônio até perder a vaga na Libertadores. Chega! É muita humilhação!
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10
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