O Cerrado voltou a deixar uma vitória escapar na visita ao Rio de Janeiro pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Neste sábado (18/11), a queda foi diante do Botafogo, por 74 x 73, no Ginásio Oscar Zelaya, fechando uma viagem negativa após as derrotas para os demais clubes cariocas, Flamengo e Vasco, respectivamente.
Assim, os times do Distrito Federal cederam as duas primeiras vitórias do Glorioso no campeonato. Apesar de variedade no ataque e solidez defensiva, os visitantes estabeleceram uma constante vantagem logo desconstruída pela falta de ritmo. Os alviverdes agora são os penúltimos da liga, à frente apenas do Mogi, como únicos times a ter apenas uma vitória até então.
1º Quarto: Dificuldade nas ofensivas
O confronto começou com precipitações nas conclusões apesar da inteligência no trabalho de bola, salvo na primeira posse do jogo, convertida em tripla alviverde por William Green III. Este fator, somado à rigidez das marcações, contribuía para um jogo com poucos pontos. No perímetro, os candangos tinham relativa vantagem, mesmo com as infiltrações sendo utilizadas como alternativa para marcar, ainda que aos poucos.
Gui Santos chegou ao meio-período marcando cinco dos dez pontos alviverdes, abrindo vantagem de quatro pontos. Quando essa mesma se desfez restando dois minutos, com o empate a 12 unidades, Régis Marrelli parou o jogo para ajustar as duas fases de jogo. Ao fim da primeira parcela do jogo, os brasilienses levaram a melhor por 17 x 14, após bola de três de Matheus Buiú, no estouro do relógio.
2º Quarto: Defesas conhecidas, ataques melhores
Com ataques mais móveis e estudados, a pontuação subiu naturalmente nos dez minutos finais do primeiro tempo. Inclusive, houve espaço para a primeira bola tripla do Glorioso, convertida pelo ala Lopes. Em meio a isso, o Cerrado mantinha margem de cerca de cinco pontos, como se configurou em maior parte da etapa inicial. O destaque neste instante foi o ala Grantham Gillard, dono de nove pontos, sendo cestinha parcial dos visitantes, com três pontos a menos em relação ao botafoguense Jamaal Smith, principal pontuador e carta dos locais.
Durante o duelo, os cerradistas mostraram nervosismo quanto à arbitragem, que usou a revisão de replay instantâneo duas vezes no primeiro tempo. Apesar disso, os diversos momentos da partida foram de esporádicas faltas mais cometidas de cada lado. Hesitante em parar o jogo, o treinador alvinegro, Miguel Palmier, pediu timeout restando dois minutos. Porém, isto não mudou a constante estabelecida no encontro, que foi ao intervalo em 45 x 38.
3º Quarto: É necessário manter o nível
O time da capital voltou com força para o segundo tempo, para cortar qualquer possibilidade de reação dos adversários. Nos primeiros quatro minutos, um 8 x 0 deu tranquilidade para o alviverde começar a estabelecer uma boa vantagem, incluindo a superação da casa de dez pontos de diferença pela primeira vez no jogo. Apenas depois disso o time da Estrela Solitária se fez presente no placar.
Entretanto, quando veio, de fato, à metade final de jogo, os mandantes devolveram a medida de reação e um 9 x 1 em quase três minutos forçou um pedido de tempo técnico do lado oposto. A chegada do ala Isaac Thornton, ex-Cerrado, com dez pontos no período, indicou a reação e o recondicionamento botafoguense no jogo. Um quarto que começou promissor, de repente se tornou um pesadelo para os cerradistas, que perderam por 16 x 12.
4º Quarto: Apagão cruel ao alviverde
A tensão pela vitória fez custar os primeiros pontos no quarto, em duplo para o Botafogo após um minuto e meio jogado. Logo, o empate e a virada do Glorioso, liderada por Thornton, com quatro pontos até a tomada da liderança no marcador, foi fruto da queda brusca na produção dos candangos, ainda na parte anterior da partida. A lei do ex se aplicou quanto ao cestinha, com o estadunidense registrando 19 unidades, sendo os últimos nos lances livres da vitória, ao final. Régis Marrelli parou o jogo para tentar retomar a força de uma equipe que chegou a ter, em outro momento, 15 pontos à frente no placar.
Com meio período em 9 x 4, coube aos alvinegros, pelo momento e pelo mando de quadra, consolidar uma importante virada para aspirar uma breve entrada na zona de playoffs. Porém, a manutenção da paridade no marcador obrigou a uma parada do mandantes com quatro minutos por jogar no relógio. O duelo teve mais dois minutos sem alteração no placar, até Gillard (co-cestinha com 19 pontos) voltar a anotar. Com um ponto de diferença no minuto final, a disputa ponto a ponto deu méritos ao time que fez 36 x 20 desde os primeiros pontos de ataque na etapa final. O Cerrado volta a quadra no duelo regional, contra o Brasília, no Ginásio da Asceb, na próxima sexta-feira (24/11).
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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