O Brasil deverá ser muito agressivo tanto no ataque quanto na defesa quando receber a Argentina de Lionel Messi, na terça-feira no Maracanã, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, disse nesta segunda (20) o técnico Fernando Diniz, que reconheceu a preocupação de enfrentar o camisa 10, por ser "um dos melhores jogadores da história".
"Espero que seja muito intensa, bastante agressiva para atacar e ainda mais agressiva para marcar", disse ele em uma coletiva de imprensa na Granja Comary, o centro de treinamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em Teresópolis, estado do Rio de Janeiro.
"Todo mundo quer que a equipe ataque bem e defenda bem na mesma proporção. Espero um time mais equilibrado, sem perder efetividade e poder de criação que a gente teve", acrescentou.
A seleção brasileira chega sob pressão para encarar o superclássico: está há três jogos sem vencer, incluindo duas derrotas seguidas, algo que nunca aconteceu em uma edição das Eliminatórias.
O Brasil é o quinto, com sete pontos, enquanto seu eterno rival, campeão mundial no Catar-2022, é o líder com 12 pontos em cinco jogos, embora tenha perdido a invencibilidade ao ser derrotado por 2 a 0 pelo Uruguai na quinta-feira, em Buenos Aires.
"Não e muito a minha característica [trocar muito], mas os encaixes você tem que fazer, porque é Argentina, um time muito qualificado e tem o Messi. Mas a gente tem que tentar fazer valer as nossas qualidades. A gente vai tentar se impor, mas tomar todos os cuidados porque não por acaso foi campeão do mundo e tem um dos maiores jogadores da história", afirmou Diniz.
Além disso, contra a Albiceleste o técnico não poderá contar com cinco titulares, incluindo o capitão Casemiro e os craques Neymar e Vinícius Junior, lesionados.
"São jogadores que fazem falta em todos os sentidos, dentro e fora do campo", disse Diniz, que garantiu que seu time está em um processo de renovação, diferentemente da consolidada equipe argentina comandada por Lionel Scaloni.
"Há outros talentos que vão ganhando oportunidades. Se habituando a jogar na Seleção (...) Acredito muito nesses jogadores que estão aí. Muita gente nova e talentosa", acrescentou.
Diniz, de 49 anos, garantiu que não pensa na hipótese de o superclássico ser seu último jogo oficial no comando da seleção brasileira, que assumiu em julho com um contrato de doze meses, levando em consideração que as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 só serão retomadas em setembro do ano que vem.
Para a Copa América de 2024, que será realizada entre junho e julho nos Estados Unidos, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garante que o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, comandará o Brasil.
"O que ocupa minha cabeça é fazer o melhor que eu posso. É uma oportunidade muito grande que todo mundo sonha estar na seleção e disputar jogos extremadamente importantes como esse de amanhã", garantiu Diniz.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br