Conquistar objetivos improváveis não é novidade na carreira de Ramón Díaz. Afinal, como técnico, o argentino chegou à sua terceira arrancada marcante ao livrar o Vasco da queda para a Série B. Além da façanha em seu primeiro trabalho no Brasil, ele e Emiliano seu filho e auxiliar, também tiveram uma grande sequência de vitórias na reta final no Torneio Clausura de 2014 e na Liga Árabe de 2021/2022.
Após as piores temporadas de sua história, com direito a rebaixamento, o River Plate trouxe de volta um ídolo. O nome de Ramón, claro, trouxe impacto positivo, já que havia sido um goleador do time enquanto atleta e foi campeão da Libertadores em 1996, já na beira do campo. A campanha não era das melhores, com apenas quatro pontos nos cinco primeiros jogos, e os Milionários estavam a seis pontos atrás do líder Estudiantes após a metade do campeonato.
Então, somente na antepenúltima rodada é que o River de Ramón assumiu a ponta e garantiu o título da redenção, seu oitavo pelo clube, com cinco pontos de vantagem e seis vitórias consecutivas. De quebra, voltou a vencer o Boca Juniors na Bombonera após dez anos.
‘Milagre’ na Arábia
Já na Arábia, o próprio treinador lembrou, durante a coletiva após a vitória sobre o Bragantino, que esteve 16 pontos atrás do líder. Mesmo assim, conseguiu a recuperação para dar o título ao Al Hilal de 2022.
“Se virem os números, também tivemos duas situações parecidas antes. Estávamos 16 pontos atrás do líder na Arábia Saudita e terminamos campeões com cinco pontos a mais (NR: na verdade, foram dois). Começamos (no Vasco) com nove pontos, hoje as pessoas desfrutam, e esse é outro desafio importantíssimo de nossa carreira: cumprir com o objetivo de que o Vasco não cairia. É um feito incrível para nós e por isso tenho que agradecer aos jogadores. Fizeram um trabalho incrível”, recordou-se Ramón.
Caso do Vasco foi o mais difícil
Entre os três, a situação do Vasco foi definida como a mais difícil pelo auxiliar Emiliano Díaz. Afinal, foi a única que envolveu a pressão contra o rebaixamento e uma equipe muito fragilizada no meio do Brasileirão. Tanto que disse é “como se tivéssemos vivido quatro anos, e não quatro meses”. Entre boas vitórias e oscilação no rendimento, a comissão técnica da família Díaz pegou o Cruz-Maltino com nove pontos e conquistou mais 36, enfim garantindo a permanência na Série A nos minutos finais do último jogo.
“O que vivemos foi uma loucura. Quatro meses de sofrimento, passando mal. Em nenhum momento desacreditamos. O grupo não merecia. (Com a campanha) desde que chegamos, estaríamos na Libertadores. Ficamos 20 minutos na Série B, mas não somos da B. Nem eu, nem Ramón. Creio que foi o trabalho mais difícil que fizemos em 11 anos juntos. No River foi parecido. O clube estava uma m…, perdão a palavra, mas estava igual aqui”, disse Emiliano, à Rádio Continental ‘590 de Buenos Aires’.
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