A Seleção Brasileira vai para mais um reinício. Desta vez, com Dorival Júnior. Como se fosse um time qualquer na luta contra o rebaixamento, a Amarelinha troca treinadores e chuta a própria história para o alto. Sob o comando de Ednaldo Rodrigues, de volta ao cargo após decisão judicial, a CBF segue sem rumo – algo infelizmente normal para uma entidade que acumula incrível sucessão de escândalos e vexames.
Após a saída de Tite, a Seleção foi entregue a Ramon Menezes por absoluta falta de alguém que assumisse a responsabilidade de fazer uma convocação. Depois, interinamente, passou às mãos de Fernando Diniz para o começo das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.
A promessa era de um acerto com o italiano Carlo Ancelotti, treinador multicampeão e que comandava ‘apenas’ o Real Madrid, o gigante dos gigantes entre os clubes do futebol mundial. Diniz seria uma espécie de jeitinho até a posse de Ancelotti para dirigir a Seleção na Copa América, anunciada de forma prematura e até ingênua por Ednaldo.
Dorival estaria ‘encantado’ com o cargo?
Que surpresa! Ancelotti não veio, o interino Diniz levou um pontapé após acumular péssimos resultados e, agora, a tarefa cai no colo de Dorival Júnior, profissional sério e competente, mas que pode estar cometendo o erro do encantamento com o cargo.
A Seleção Brasileira é uma realização, sem dúvida, um sonho na carreira de qualquer um. Mas a que preço? O atual é muito alto e tem jogado por terra o prazer de se estar ali. Que Dorival tenha sorte, vai precisar. Competência não é suficiente para contornar tantos erros acumulados ao longo de anos com aquela que ainda é a maior camisa de seleções do planeta. O problema é: até quando?
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