CANDANGÃO

Jogo entre Paranoá e Ceilandense terá duelo de ídolos de várias camisas

Rivais na partida de abertura da terceira rodada, Douglas Henrique e Mirandinha se destacam como jogadores com passagens por vários clubes da capital federal. Outros nomes têm o mesmo feito

Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada -  (crédito: Ueslei Costa/Paranoá)
Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada - (crédito: Ueslei Costa/Paranoá)

A carreira de um jogador de futebol fica marcada, principalmente, pela trajetória construída nos clubes pelos quais eles passam ao longo da vida nos gramados. Mas imagine ter a oportunidade de fazer parte da história de diversas equipes de uma mesma região. Na maior parte do Brasil, dada às restrições de rivalidade, a situação é bastante improvável. Mas, no Campeonato Candango, é quase um caminho natural diante da rotatividade causada por um calendário menos extenso. Assim, os atletas usam o cenário para criarem relações com as mais diferentes cores. No jogo de hoje entre Paranoá e Ceilandense, às 15h, no Defelê, haverá até um confronto de ídolos de várias camisas.

Na edição de 2024 do torneio local, a lista de craques com passagens por muitos clubes chama a atenção. Destaque do Paranoá, o lateral Douglas Henrique, ou simplesmente Douglas Rato, passou por 11 equipes diferentes. Esperança do Ceilandense, o atacante Mirandinha tem oito agremiações locais no currículo no futebol. Para efeito de comparação, a primeira divisão do Candangão conta com 10 participantes. Não é raro encontrar outros personagens com atuações por nove, oito ou até sete times. Muitas vezes com RG brasiliense, eles são os responsáveis por construírem a história dos clubes daqui.

No levantamento do Correio, Douglas Henrique se destaca. Ao lado do atacante e companheiro de clube Wisman, é o líder de rotatividade. Hoje no Paranoá, o jogador representou as cores de Ceilândia, Sobradinho, Brazlândia, Santa Maria, Taguatinga, Botafogo-DF, Samambaia, Bolamense, Paracatu e CFZ. "Para mim, é uma oportunidade única. Quando criança, sempre tive o objetivo de ser jogador de futebol e conseguir realizar isso, mesmo sendo só no cenário de Brasília, é um sonho realizado. Várias pessoas queriam ter esse momento e alcançar o desejo de ser um atleta profissional", destaca.

Na trajetória pessoal de 11 clubes, Douglas cita três como os mais especiais da carreira. "O Santa Maria foi onde eu comecei e abriu as portas para mim. O Ceilândia, por ser o time da minha cidade onde nasci e cresci, e tive a oportunidade de sair para um cenário nacional. E o Paranoá pelo carinho dos torcedores. A diretoria teve e tem confiança no meu trabalho. Me considero um filho da casa", explica.

Figurinha carimbada no Candangão, o atacante Mirandinha é outro exemplo de rotatividade. O jogador do Ceilandense tem passagens por Brasília, Brasiliense, Sobradinho, Ceilândia, Samambaia, Real Brasília e Luziânia. "Me sinto honrado. É gratificante ser de Brasília e ter passado por grandes clubes com conquistas. Graças a Deus, eu tenho um título na primeira e três na segunda. Sou grato por esses times que vesti a camisa", vibra o atleta, comemorando 10 anos de carreira em 2024.

"O cenário de Brasília tem aumentado, é cada vez mais disputado e visto com bons olhos por quem vem de fora. Como atleta da casa, me sinto feliz. Espero que o futebol da cidade continue crescendo. Às vezes, esbarra em dirigentes que, em vez de ajudarem, preferem virar inimigos", avalia o atacante.

Uma das fórmulas responsáveis por possibilitar a oportunidade de um jogador vestir as camisas de vários clubes do Distrito Federal são as parcerias estabelecidas entre eles. Não é raro um clube da elite emprestar atletas para equipes da segunda divisão. No ano passado, por exemplo, o Riacho City jogou com nomes do campeão Real Brasília. O Ceilandense teve à disposição peças do vice Brasiliense. Como o Candangão dura entre três meses, é comum os personagens locais migrarem entre os torneios disponíveis no calendário local.

Atletas vitoriosos do Candangão fizeram o mesmo caminho. Bicampeão com o Gama, o volante Tarta passou por clubes como Brasiliense, Ceilandense, Ceilândia, Real Brasília, Gama, Taguatinga, Samambaia, Sobradinho e Luziânia. Dono de taça das duas divisões do Distrito Federal, o zagueiro Badhuga também é rodado e atuou por Ceilândia, Brasiliense, Gama, Taguatinga, Ceilandense, Samambaia, Luziânia e Santa Maria. Atacante do Paranoá, Daniel Guerreiro jogou por nove agremiações. O volante Wallace, hoje no Jacaré, e o meio-campista Marquinhos Paracatu, da Águia Grená, também vestiram oito camisas locais.

  • Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada
    Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada Foto: Ueslei Costa/Paranoá
  • Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada
    Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada Foto: Nyx Marketing/Paranoá
  • Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada
    Douglas Henrique atuou por 11 equipes candangos diferentes. Mirandinha jogou por oito. Hoje, eles se enfrentam na abertura da terceira rodada Foto: Nyx Marketing/Paranoá e Alan Rones/Ceilândia
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postado em 27/01/2024 06:00
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