As pesadas críticas envolvendo as arbitragens de dois importantes clássicos regionais no Rio e em São Paulo merecem cuidadosa reflexão. De fato, Bruno Mota Correia e Edna Alves não tiveram um bom desempenho no comando das partidas Fluminense x Vasco e São Paulo x Santos. Os jogos foram picotados demais e com vários lances que causaram polêmica.
No entanto, Bruno e Edna não estavam sozinhos em campo nem fora das quatro linhas. As equipes do VAR colaboraram para tumultuar o trabalho dos dois árbitros. E os jogadores também são grandes protagonistas das lambanças, não só nós dois clássicos, mas na grande maioria das partidas.
Comportam-se como crianças mimadas que brigam pelas coisas mais banais. Cercam o árbitro, demonstram total desrespeito, tentam burlar as regras a todo tempo simulando lesões ou faltas, fingindo agressões, fazendo uma escandalosa cera quando suas equipes estão à frente do placar ou tumultuando as cobranças de bola parada.
Árbitros sem critério Brasil afora
É claro que o nível da arbitragem brasileira é fraquíssimo, seja a carioca, a paulista, a mineira ou a de qualquer outro estado. Há problemas na formação e nas orientações dadas pelos diretores. Falta critério e, muitas vezes, coragem, embora o responsável pela condução do bom andamento das coisas no gramado tenha que fazer vista grossa para o injustificável comportamento dos atletas se não quiser acabar com o espetáculo.
Já passou da hora de os jogadores serem responsabilizados. Se eles mesmos não se dão ao respeito, como acontece, por exemplo, na Europa, é preciso encontrar com urgência uma fórmula para se punir com rigor a simulação, a cera descabida e o descaso com árbitros, companheiros de profissão e público. Infelizmente, os treinadores também não ficam atrás. Do jeito que está, é mais uma triste derrota para o futebol brasileiro, aliás, algo muito corriqueiro há um bom tempo.
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