Dezesseis anos depois, quis o destino que o Fluminense reencontrasse a LDU em uma decisão continental. Agora, o peso é menor, visto que o Tricolor conquistou o inédito título da Libertadores na temporada passada. Por outro lado, a equipe equatoriana segue como uma ‘pedra no sapato’ na história do clube carioca e uma revanche seria perfeita para os torcedores. Outro ponto importante é começar 2024 com um título continental é o principal desejo do elenco.
Em 2008, o Tricolor sob o comando de Renato Gaúcho construiu uma campanha sólida na Libertadores e teve um mata-mata quase perfeito, só faltou o título. Passou por times consolidados como Atlético Nacional, o São Paulo, que seria tricampeão brasileiro ao fim daquela temporada, assim como pelo poderoso Boca Juniors.
Na decisão, um confronto de dois times que, até então, não haviam erguido o troféu do torneio. No jogo de ida, em Quito, no Equador, o Fluminense perdeu, na altitude, por 4 a 2. Bieler, Guerrón, Campos e Urrutia fizeram os gols da LDU, que foi para o intervalo vencendo por 4 a 1. Conca descontou para o time carioca. No segundo tempo, Thiago Neves diminuiu a vantagem para os donos da casa, porém o resultado negativo dificultou o sonho do título.
Ao contrário das demais fases do mata-mata, o gol fora de casa não era critério de desempate na final. O Tricolor reclamou muito do desempenho do árbitro argentino Héctor Baldassi, que ignorou o que muitos consideram um pênalti claro em Washington. Depois de 3 a 1 no tempo normal, com três gols de Thiago Neves, o time carioca não conseguiu o gol decisivo e sucumbiu nos pênaltis. Conca, Thiago Neves e Washington, três pilares do time tricolor desperdiçaram suas cobranças.
Mais um vice e dificuldade na altitude
No ano seguinte, o Fluminense não teve fôlego na altitude na final da Copa Sul-Americana, novamente diante da LDU, em Quito. Então, viu o adversário ser implacável e golear por 5 a 1, enquanto Marquinho marcou o gol tricolor. No Maracanã, Diguinho, Fred, que foi expulso no segundo tempo, e Gum anotaram os gols do time carioca, entretanto o triunfo por 3 a 0 não foi suficiente para reverter a desvantagem.
Desta vez, o cenário é diferente, visto que o Tricolor de Laranjeiras tirou o peso dos vices nas competições continentais e cicatrizou a ferida de 2008. No entanto, a direção encorpou ainda mais o elenco, que chega como franco favorito em uma disputa que promete ser eletrizante. Para erguer a taça e garantir mais um título, Fernando Diniz sabe que o time terá que vencer além do adversário em campo e a torcida equatoriana, os 2.850m acima do nível do mar (altitude), no Equador.
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