O advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima do caso Robinho, celebrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de não aceitar o habeas corpus e a prisão imediata do jogador. Em entrevista para a “Rede Bandeirantes” e ESPN, o italiano disse que sua cliente está “absolutamente satisfeita”, mas espera que o ex-atleta da Seleção Brasileira cumpra todos os anos de sua pena.
“A vítima está contente com o resultado positivo do julgamento. Mas, claramente, espera que a justiça seja feita definitivamente. Para nós, (a pena) poderia ser executada na Itália, no Brasil, na França ou na Austrália. Era indiferente. O importante é que a pena fosse executada. Não pode haver nenhum tipo de libertação para a justiça italiana. Se a justiça brasileira aplicar o que diz a lei italiana, não haverá nenhum tipo de libertação porque a condenação é definitiva”, disse Jacopo.
O advogado também pontuou que ainda há a possibilidade dos outros quatro envolvidos no abuso acabarem condenados. Contudo, torce para que a justiça não arquive o caso.
“Para nós, a triste e feia situação, que envolve Robinho e Ricardo Falco (amigo de Robinho que participou do ato de abuso), vai estar sendo fechada. Mas há um processo congelado, ainda aberto, para os outros quatro (envolvidos no estupro). Sobre esses outros quatro, para nós, culpados. Mas para a justiça, são presumidamente inocentes. Para Robinho e Falco, no entanto, trata-se de uma decisão definitiva”, finalizou o italiano.
O caso Robinho
Robinho acabou preso na noite desta quinta-feira (21). A Polícia Federal cumpriu um mandato de prisão em um apartamento de Santos, onde o ex-jogador estava. Ídolo do Santos, ele iniciará o cumprimento de sua pena por estupro de uma mulher em Milão, ocorrido em 2013.
Na Itália, Robinho pegou nove anos de prisão. Porém, como já estava no Brasil, e nosso país não faz extradição de cidadãos naturais do país, a Justiça italiana pediu cooperação à brasileira para que sua pena fosse aplicada no Brasil.
Na última quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por 9 votos a 2, definiu que o jogador deveria acabar sendo preso. O mandado de prisão aconteceu nesta quinta-feira. Os advogados de Robinho esperavam um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Luís Fux indeferiu o pedido no fim da tarde desta quinta-feira. Com isso, às 21h (de Brasília) Robinho se apresentou.
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