Apesar de a SAF negar publicamente o interesse em Cuca, John Textor, acionista majoritário do Botafogo, queria contratar o treinador, no momento mais delicado do Glorioso, no último Campeonato Brasileiro. Em novembro, após a derrota para o Grêmio por 4 a 3, de virada, em São Januário, o mandachuva concordou com a chegada do técnico paranaense. Presidente do Botafogo, Durcesio Mello foi o encarregado de fazer o contato.
“Textor, quando acabou o jogo contra o Grêmio, me ligou. ‘Procura o Cuca’, ele disse. O contato foi feito a pedido dele (Textor). No entanto, Cuca não estava disponível e ainda não tinha anulado o processo pelo qual respondia na Suíça. Dou palpite, como treinador. O social tem direito a 10% do futebol, então, meu poder é limitado. A decisão final é do Textor e de seu staff”, revelou Durcesio, em entrevista ao site “ge”.
Na época, quando o nome de Cuca apareceu na mídia, a SAF logo tratou de negar o interesse. Enquanto isso, o Botafogo, antes líder isolado do Brasileirão com uma campanha histórica, definhava a ponto de perder a ponta e até perder as posições que o colocariam na fase de grupos da Libertadores, sem passar por duas fases eliminatórias.
Sem Cuca, Botafogo fechou com Tiago Nunes
Cuca, hoje no Athletico-PR, recebeu a sentença de abuso e coação sexual quando ainda era jogador de futebol, em um episódio na Suíça, em 1987. O caso voltou à tona no primeiro semestre de 2023. Pressionado, o treinador foi para o Corinthians, mas não conseguiu trabalhar diante da pressão da opinião pública. Assim, ficou no Timão apenas dois jogos. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Berna, contudo, anulou a condenação.
Sem Cuca, o Botafogo acertou com Tiago Nunes. O treinador ficou pouco tempo no clube e, sem convencer, foi demitido, em fevereiro deste ano. Assim, o Botafogo, há mais de um mês, está sob a responsabilidade do interino Fábio Matias. O clube, através de Textor, ainda não fez o chá de revelação do novo treinador e trabalha com dois nomes.
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