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Justiça adia decisão sobre permanência de Ednaldo na CBF

Ednaldo Rodrigues permanece na presidência da CBF enquanto decisão definitiva sobre sua situação não acontece

Ednaldo Rodrigues permanece na presidência da CBF enquanto decisão definitiva sobre sua situação não acontece -  (crédito:  Lucas Figueiredo/CBF)
Ednaldo Rodrigues permanece na presidência da CBF enquanto decisão definitiva sobre sua situação não acontece - (crédito: Lucas Figueiredo/CBF)

A espera pelo julgamento da decisão temporária concedida pelo ministro Gilmar Mendes em favor do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, em 4 de janeiro, que reinstaurou o dirigente afastado à liderança máxima do futebol nacional, foi desapontada nesta quarta-feira (24). O fato ocoreu por duas razões: a prolongada discussão sobre o poder do Ministério Público na investigação de crimes e a ausência do relator Gilmar Mendes na sessão. Sendo assim, não há previsão para um novo debate na Justiça.

No início de 2023, o Partido Comunista do Brasil moveu uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7580) contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Os advogados do partido questionaram a interpretação de artigos relevantes da Lei Pelé e da Lei Geral do Esporte. Em especial, afinal, no que tange ao papel da Justiça comum na intervenção em assuntos esportivos.

Antes da eleição de 2022, o então candidato e presidente em exercício da CBF assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio para regularizar e validar a eleição de 2022 com base em critérios diferentes de peso para o colégio eleitoral. As federações com peso 3, 20 clubes da Série A com peso 2 e 20 da Série B com peso 1.

Adversários políticos e o TJ-RJ, em suma, consideraram o processo inadequado. Como resultado, Ednaldo Rodrigues precisou deixar o cargo em 7 de dezembro, um dia após o término do Campeonato Brasileiro de 2023.

Batalha de decisões na Justiça

Desse modo, uma batalha de decisões temporárias ocorreu. Além do Tribunal de Justiça do Rio, o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e a Advocacia-Geral da União se envolveram na disputa. Após pareceres favoráveis da PGR e da AGU, uma decisão temporária do ministro Gilmar Mendes reinstaurou Ednaldo Rodrigues ao cargo.

Se a maioria dos 11 ministros entender que o processo judicial foi correto, a CBF terá que realizar uma nova eleição. No entanto, se a suprema corte validar a decisão temporária de Gilmar Mendes, o dirigente cumprirá o mandato até 2026.

Nos bastidores, a expectativa é de vitória definitiva de Ednaldo Rodrigues. O Palácio do Planalto não deseja causar instabilidade à candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina em 2027. Por conta disso, trabalha para a manutenção do dirigente no posto.

A decisão sobre o país-sede será tomada em 17 de maio na 74ª Assembleia da Fifa, em Bangcoc, na Tailândia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal apoiador da candidatura do Brasil.

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Jogada10
postado em 24/04/2024 22:23