Enchentes

Presidente do Inter agradece apoio, mas é enfático: ‘Não vamos colocar o futebol na frente da vida’

Alessandro Barcellos, presidente do Inter, agradece ajuda, mas time ficará no RS

Alessandro Barcellos, presidente do Inter, agradece ajuda, mas time ficará no RS -  (crédito: Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)
Alessandro Barcellos, presidente do Inter, agradece ajuda, mas time ficará no RS - (crédito: Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)

O presidente do Inter, Alessandro Barcelos, também afirmou que a delegação não deixará o Rio Grande do Sul, estado que está assolado por conta das enchentes. Em entrevista ao programa Seleção SporTV, nesta quarta-feira (8), o mandatário foi enfático.

Ele agradeceu a disponibilização das estruturas de times brasileiros, mas refutou a possibilidade, já que não pretende deixar o RS. Barcelos também pediu “compreensão” às pessoas.

“Queria deixar uma mensagem muito importante. Em torno dessa informação, de que os clubes estão dispondo as suas estruturas, a gente agradece. Mas a gente quer deixar muito claro isso. Nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo. Isso é fundamental nesse momento. Fica essa mensagem de agradecimento a todos, mas um pedido de compreensão para que a gente possa achar uma solução que pense nas milhões de pessoas que foram atingidas por essa tragédia”, avaliou.

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Presidente do Inter põe vidas acima do futebol

O presidente chegou a criar uma situação hipotética para explicar como seria difícil para o Inter manter o futebol em andamento neste período de calamidade.

“Supondo que fôssemos totalmente insensíveis à situação e preocupados com o negócio futebol. Seria possível vir jogar em algum campo que temos aqui? Viajar até Florianópolis e 13 horas de ônibus, porque as entradas da cidade não existem, depois tomarem a água que os outros não têm para tomar? Não tomarem banho, voltarem de ônibus e mais um avião. Todos iriam concordar? Dariam W.O. para essas partidas? Essa é a pergunta que tem que se fazer quando começa a se falar em jogar e treinar aqui e ali. Esse é o exercício mínimo de empatia que esperamos que seja feito”, disse.

Por fim, ele foi enfático ao afirmar que o Inter não vai “colocar o futebol na frente da vida”. Há relatos de jogadores tanto de Grêmio quanto de Inter ajudando as vítimas nas ruas alagadas de Porto Alegre e municípios próximos, também atingidos pelas enchentes.

“Desculpa a veemência, mas um pouco do sentimento de quem está dentro da água ajudando as pessoas, não falo de mim, mas da população que trabalha 24 horas de forma solidária, de quem trabalha no futebol, dos mais humildes até o mais alto. Estamos bastante abalados e não vamos, de maneira nenhuma, colocar o futebol na frente da vida”, afirmou.

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Jogada10
postado em 08/05/2024 16:24
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