Lorran e Gerson celebram o segundo gol do Flamengo, marcado pela joia rubro-negra - (crédito: Foto: Lucas Bayer / Jogada 10)
O Flamengo derrotou o Corinthians por 2 a 0, no Maracanã, neste sábado (11), em jogo da sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O time Rubro-Negro agora foca no confronto contra o Bolívar, marcado para quarta-feira (15), pela Libertadores. Durante uma entrevista coletiva, o técnico Tite falou sobre a atuação de Lorran, que deu uma assistência para Pedro e fez um golaço.
“No caso do Lorran, não é para me gabar. O progresso dele vem da base do Flamengo, ele faz parte do sistema de formação de atletas do Ninho. Ele não é meu. É muito simples colocar um jogador da base do Ninho e adicioná-lo ao currículo. Depois dizer que lancei 52 atletas… Quanto mais oportunidades tivermos para treiná-los e prepará-los para terem um bom desempenho, melhor, mas tudo isso vem do trabalho de formação e recrutamento do Flamengo”, explicou Tite, que avaliou o resultado da partida:
“O resultado do desempenho e o resultado do jogo estavam em sintonia. Foram conectados. As oportunidades que criamos e o volume de jogo que conseguimos impor. O número de intervenções do goleiro adversário. A precisão nas finalizações. Tudo isso contribuiu para a vitória consistente”, analisou.
Tite explica posicionamento de Gerson
Ademais, Tite abordou a mudança de posição de Gerson para a ponta direita. Anteriormente, o jogador estava mais recuado, mas o treinador optou por colocar Lorran como meia e deslocar o número 8 para o lado do campo. Tite recordou outras configurações semelhantes ao longo de sua carreira, especialmente na Seleção Brasileira.
“Chamam o Gerson de coringa, não é? Esse é o apelido dele. Ele é versátil e pode desempenhar três ou quatro funções diferentes. Isso é algo conceitual. Ele mesmo disse que, na base, trabalhou dessa forma por muito tempo. Ele já está habituado. Quando o coloquei nessa função, ele disse que ‘estava no chip’. Ele tem a coordenação dos movimentos, seja flutuando ou atuando como um jogador mais aberto na lateral para criar oportunidades individuais. A equipe começa com bons momentos técnicos, com jogadores incisivos, agressivos, como Luiz ou BH pelos lados”, complementou:
“Coutinho na Seleção, Jadson no Corinthians e D’Alessandro no Internacional. Quando você posiciona um jogador externo que possui capacidade criativa e visão de jogo, ele trabalha numa zona cinzenta onde os volantes adversários têm dificuldade em marcá-lo e controlá-lo. Ele vem por trás e encontra o momento certo para combinar e criar associações. Gerson, que flutua, tem essa habilidade, tem discernimento e, com o ‘chip’, pode ser mais um no quarteto criativo”, recordou.
Melhora no futebol
Quando questionado se a equipe poderia recuperar o futebol apresentado no início da temporada com o título do Campeonato Carioca, Tite foi direto:
“Se demonstrou, então tem. Já houve momentos de retomada. Nenhum título que conquistei ao longo da minha carreira foi de forma linear, sempre há fases de altos e baixos para que se possa fortalecer diante das adversidades”, comentou.
Sobre o impacto psicológico das críticas, por fim, o treinador comentou:
“Minha função como técnico está muito clara para mim. Cada dia no Flamengo é um dia a menos que tenho aqui. Mas quero realizar meu trabalho de forma digna, como tem sido até agora. As críticas acontecem, desde que sejam dentro dos limites do respeito. Posso te dizer como passei esses dias… Concentrei-me no meu trabalho, com meus jogadores, com a direção do clube, em casa com minha esposa e minha filha. Isso é o que me fortalece”.
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