A Fórmula 1 e o charme de Mônaco sempre andam juntos. A elite do automobilismo estará presente nas ruas do principado para a oitava etapa da temporada, neste fim de semana, com mais uma bateria de homenagens a Ayrton Senna. Valendo chance de recorde para Max Verstappen, a prova no circuito de Monte Carlo tem largada marcada para às 10h de domingo (26/5), com transmissão da Band, BandSports e F1 TV. O treino livre 3 e a classificação acontecem na manhã de sábado (25/6), às 7h30 e às 11h, respectivamente.
Prova mais tradicional da F1, presente no calendário desde 1950, esta edição do GP de Mônaco é a 70ª oficial da categoria. O percurso de rua é muito semelhante ao da primeira prova, até por isso se tornou mais desafiador para os carros atuais. Com os veículos maiores do que os antigos, ultrapassar nas pistas de Monte Carlo se tornou quase impossível. Em 2023 foram apenas 13 ao longo de todas as 78 voltas e 19 curvas do traçado. O circuito, inclusive, é o com maior número de giros da temporada.
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A dificuldade em ultrapassar faz com que o qualificatório tenha uma importância extra nos preparativos para a prova. Acima disso, o atual tricampeão Max Verstappen tem outro motivo para tratar a classificação de maneira especial. Se for o pole position, o holandês da Red Bull irá largar em primeiro pela nona vez seguida, superando o recorde de Ayrton Senna, que teve oito.
E como não dá para falar no GP de Monte Carlo sem citar o nome do brasileiro, ele estará presente nas pistas durante o fim de semana. Considerado o “Rei de Mônaco”, o maior vencedor da prova, com seis triunfos, será homenageado pela McLaren com uma pintura em amarelo, verde e azul remetendo às cores do capacete de Ayrton.
Outro que também é importante no principado é o piloto da casa, Charles Leclerc. O monegasco teve motivo a mais para sorrir além de estar correndo nas ruas onde nasceu e marcou os melhores tempos no segundo treino livre de sexta-feira (24/5). O ferrarista largou da pole position duas vezes no circuito, mas não conseguiu vencer na cidade-estado onde nasceu. O melhor do TL1 foi Lewis Hamilton, da Mercedes, futuro colega de equipe de Leclerc em 2025.
Depois da corrida em Mônaco, a Fórmula 1 fará uma pequena pausa na turnê europeia e parte para o Canadá, em 9 de junho. A corrida no Circuito Gilles Villeneuve começa às 15h e é a última antes da categoria voltar para oito GPs consecutivos na Europa.
A pista
O percurso pequeno, de apenas 3.337 quilômetros, é praticamente de erro zero para os pilotos. Cercado de muros e barreiras de proteção, o traçado conta com apenas uma zona de DRS (sistema de redução de arrasto para aumentar a velocidade dos carros) e poucos pontos de ultrapassagem. Quando o assunto é curva, são 19 ao todo, a maioria de baixa, entre elas a mais lenta da Fórmula 1, o hairpin em frente ao hotel Fairmont Monte Carlo.
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Curiosidades sobre o GP de Mônaco
A tradição envolvendo o Grande Prêmio de Mônaco eleva a corrida ao posto de ser parte da tríplice coroa do automobilismo. A honraria vale apenas para os pilotos que venceram as três principais disputas no mundo dos motores: a prova de Monte Carlo, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans. Apenas Graham Hill alcançou a glória. O bicampeão de F1 foi soberano no principado em 1963, 1964, 1965, 1968 e 1969, venceu no oval em 1966 e a conquista na prova de resistência veio por último, em 1972.
As críticas sobre Mônaco pairam sempre sobre a monotonia e poucas ultrapassagens. Nelson Piquet, ex-piloto tricampeão da F1, disse ser como “andar de bicicleta dentro do quarto”. O Grande Prêmio de 2003 conseguiu a proeza de não contar com nenhuma ultrapassagem ao longo das 78 voltas. O número de giros, inclusive, é o maior da categoria, até porque Monte Carlo é circuito o que possui a menor distância total, a volta mais curta e a menor velocidade.
Independente disso tudo, quem amava o circuito de rua era Ayrton Senna. O brasileiro ganhou o apelido de “Rei de Mônaco” pelo domínio nas provas na cidade-estado, vitorioso em 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993. Os maiores vencedores depois do tricampeão são Graham Hill e Michael Schumacher, ambos com cinco, enquanto no grid atual quem fica na dianteira é Lewis Hamilton, com três triunfos.
Presente no calendário oficial desde 1950, o primeiro a ficar no lugar mais alto do pódio foi o argentino Juan Manuel Fangio, na bateria que marcou também a estreia da Ferrari na categoria.
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