O mundo do basquete está de luto. Morreu nesta segunda-feira (27/5) aos 71 anos o ex-jogador Bill Walton, lenda da NBA, vítima de câncer. O pivô fez história com a bola laranja ao ser um dos grandes nomes do esporte universitário nos anos 1970 e posteriormente campeão por Portland Trail Blazers e Boston Celtics, além de ter sido eleito MVP da liga uma vez, em 1978.
Walton começou a se destacar no basquete por UCLA, faculdade da Califórnia. Foram dois títulos nacionais pela equipe, além de duas temporadas invictas e ter desempenhado papel de protagonismo na sequência de 88 vitórias consecutivas, maior sequência da história entre os homens. Ele é até hoje um dos jogadores mais condecorados da NCAA, liga dos esportes universitários.
O desembarque na NBA veio em 1974, quando foi selecionado com a primeira escolha do draft por Portland. O pivô teve médias de 13.3 pontos e 10.5 rebotes por jogo durante a década de atividade na elite do basquete mundial, coroada com o título de 1977 ainda com Portland, mesmo ano no qual foi MVP das finais, e 1986 por Boston, quando recebeu a honraria de sexto homem da temporada. O auge da carreira foi o prêmio de jogador mais valioso de 1978 e foi introduzido ao Hall da Fama do Basquete em 1993.
“Bill Walton era realmente único. Como um jogador do Hall da Fama, ele redefiniu a posição de pivô. A combinação de habilidades únicas que ele tinha o fizeram uma força dominante em UCLA e o levaram a ser MVP da temporada regular e das finais da NBA, dois títulos e um lugar nos times de 50 e 75 anos da NBA”, disse em comunicado Adam Silver, comissário da liga.
Já aposentado, Walton começou a atuar como comentarista nas partidas da liga. O legado dele seguiu em quadra com o filho, Luke Walton, que foi jogador do Los Angeles Lakers e atualmente é assistente técnico do Cleveland Cavaliers.
“O que mais me lembrarei dele foi seu entusiasmo pela vida. Ele era uma presença regular nos eventos da liga, sempre otimista, sorrindo de orelha a orelha e procurando compartilhar sua sabedoria e cordialidade. Eu valorizava nossa amizade íntima, invejava sua energia ilimitada e admirava o tempo que ele dedicava a cada pessoa que encontrava. Como um membro querido da família da NBA há 50 anos, Bill fará muita falta para todos aqueles que o conheceram e amaram”, complementou Silver.
Companheiro de equipe nos tempos de faculdade, o ex-jogador Kareem Abdul-Jabbar também relembrou Walton. “Meu querido amigo, companheiro Bruin (time de UCLA) e rival na NBA, Bill Walton faleceu hoje. E o mundo parece muito mais pesado agora. Na quadra, Bill foi um jogador feroz, mas fora dela ele ficava feliz apenas se fizesse tudo para que as pessoas em torno dele também estivesse felizes. Ele era o melhor de nós”, escreveu.
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