O fotojornalista Luis Pacca alegou nas redes sociais ter sido vítima de ‘racismo violento’ na Ligga Arena. O relato ocorreu cerca de 20 minutos após a derrota do Athletico por 2 a 1 para o São Paulo, na noite de quarta-feira (03), pela 14ª rodada do Brasileirão. Há relatos, ainda, de briga entre torcedores nas arquibancadas do estádio.
Em seu último contato com a imprensa, Pacca contou que foi retirado da Arena ao tentar registrar o B.O no local. O fotojornalista decidiu, portanto, denunciar online. Ainda segundo relato, outros fotógrafos flagraram os torcedores.
Fotojornalista denuncia racismo em Ligga Arena
Luis Pacca, fotógrafo são-paulino, relatou o ocorrido às 23h52 em suas redes sociais. De acordo com alegação, policiais e seguranças privados testemunharam, mas não prestaram ajuda.
“Oi amigos, desculpas as mensagens picadas. Eu fui vítima de um racismo violento aqui na Ligga Arena.
Já chorei, já briguei e agora estou carregando meu celular para ir embora daqui. Muita gente viu, entre seguranças privadas e polícia militar, ninguém fez nada. Mas, eu não baixei a guarda e peitei esse monte de frustrado. Amanhã volto pra casa e sábado tem mais São Paulo”, escreveu.
Oi amigos, desculpas as mensagens picadas. Eu fui vítima de um racismo violento aqui na Ligga Arena.
Já chorei, já briguei e agora estou carregando meu celular para ir embora daqui. Muita gente viu, entre seguranças privadas e polícia militar, ninguém fez nada. Mas, eu não baixei…— Pacca (@luispacca_) July 4, 2024
Pacca atualizou a situação logo depois, às 01h21: “Obrigado a todos pelas mensagens, já me encontro no hotel e em segurança. Felizmente registraram o que aconteceu e já estou entrando com as medidas cabíveis”.
“Eu não consegui registrar o B.O. no estádio. Eu tentei entrar em contato com o pessoal da Arena, não me informaram e acabei sendo retirado da Arena. Vou fazer o registro eletrônico e estamos em busca de identificar as pessoas. Felizmente alguns fotógrafos conseguiram tirar fotos deles”, revelou ao site Banda B.
Delegado se manifesta
Luiz Carlos de Oliveira garantiu que o Athletico costuma auxiliar nesses casos e ainda afirmou que casos de racismo – sem exceção – são diretamente encaminhados à delegacia.
“A segurança do Athletico volta e meia peca por excesso, mas em casos de racismo eles sempre nos encaminham. Ele deveria ter perguntado a qualquer segurança que ele seria encaminhado à delegacia”, respondeu ao Banda B.
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