Fortaleza 2 a 1 no Flamengo. Cinco – em seis – pontos perdidos para clubes que não brigam pelo título. Em pleno Maracanã. O Rubro-Negro hoje tem um orçamento gigantesco, mas é uma equipe de futebol sem técnico e soluções. O fato já se revelava óbvio – como indicamos várias vezes – faz tempo. Eram vitórias conquistadas com pênaltis, gols contra ou milagrosamente obtidos nos acréscimos. Isto tinha prazo de validade.
Como as ausências são insubstituíveis, e o modelo não possui variações, basta ao adversário trancar as portas, obrigar o Flamengo a rolar bolas para os lados, e aproveitar contra-ataques para dobrá-lo. Os uruguaios voltarão na próxima partida, mas a CT permanecerá até a eliminação da Libertadores, pelo Bolivar, em agosto. O problema é que quando esses fãs do Allan deixarem o clube, o ano, na prática, acabou.
Flamengo perde em casa
Como ocorrido no sábado, o Flamengo tomou um gol no começo, aos 11 minutos, após escanteio cobrado por Breno Lopes, que Wesley desviou contra, para dentro. O Fortaleza cometeu o erro de recuar excessivamente, e o time carioca passou a jogar bolas na área, e Pedro chegou a mandar pancada no travessão. Até que Matheus Gonçalves preferiu a jogada pelo chão, adiantando para Pedro, que sofreu pênalti de Pedro Augusto, aos 37. Pedro empatou. No momento de descontrole dos cearenses, dava até para virar. Mas o Flamengo não soube aproveitar.
O Fortaleza retornou para o segundo tempo arriscando mais, forçando os espaços que o adversário, muito enrolado para passar da defesa ao ataque, deixava de graça. Como a rapidez e a habilidade para fazer a ligação – de outros tempos – não existem mais, o visitante marcava sem muita dificuldade, e pior, eventualmente incomodava.
Quinze minutos e nenhuma atitude – no campo ou no banco – para mudar o jogo. Atletas como Wesley, Allan e Luiz Araújo abaixo do aceitável. Luiz Araújo é o Cristiano Ronaldo dos mendigos. Aos 17 minutos, Pochettino rolou para Lucero bater à direita: 2 a 1. O Fortaleza já era melhor.
Aos 23, entraram Léo Ortiz e Gabriel, e – creiam – Allan foi embora. Será para sempre? E lá se foi o Flamengo – sem alternativas – para o abafa. Meia hora e os cearenses ensaiam o cai-cai. Tite fez um punhado de mexidas sem sentido – ficou com três centroavantes – e uma pasmaceira de dar dó. Cruzamentos esporádicos, chutes sem direção, situação lamentável. Aos 44, numa dessas bolas levantadas, Gabriel marcou, mas não valeu. Deram impedimento.
E o Tite?
E Tite segue no cargo. Inquestionável. Mais um mês. Até a queda para o Bolivar. No entanto, é mais um ano que vai embora. Na realidade, quem está no poder é que perde – as eleições de dezembro – de verdade.
A propósito, este que vos escreve já havia adiantado tudo que está aqui. Mas o fanatismo de muitos, e a incompreensão de outros, que não conhecem futebol, preferiram contestar.
Aliás, vamos arriscar outra por aqui: o Vasco vai terminar o Brasileiro na frente do Flamengo. Quem viver verá.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br