Anunciado em 14 de abril, o meia Felipe Anderson foi, enfim, apresentado pelo Palmeiras. Nesta segunda-feira (15), ao lado da presidente do clube, Leila Pereira, na Academia de Futebol, o jogador falou pela escolha pelo Verdão nesta volta ao Brasil, após 11 anos na Europa.
Felipe, que já tinha sido apresentado ao torcedor na última quinta (11), explicou como foram as negociações. Segundo ele, o Alviverde apresentou um projeto que ia de encontro aos seus objetivos, afirmando estar com “fome de ganhar”.
“Foram dois momentos a negociação. Na primeira, não chegamos num acordo, não vazou nada e foi surpreendente para a gente. Desde o primeiro contato, mesmo não dando certo, foi muito profissional entre Palmeiras, minha empresária, e isso contribuiu sim. Aliado a isso a vontade muito grande de vir. Foi um ano para mim que eu estava no último ano de contrato e eu precisava de um projeto para tomar uma decisão. Esperei, com calma, analisei bastante junto com minha empresária, irmã, família. Esperamos, apareceu o Palmeiras e não foi difícil por tudo que o Palmeiras representa. Quando foi passado tudo que o clube pretende… Eu buscava isso, a fome por ganhar, competir. Com calma, escolhemos. No primeiro mês aqui trabalhando vi que foi a escolha certa”, afirmou o novo jogador palmeirense.
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Volta ao Brasil
Ele também revelou que não pensava em voltar ao Brasil. Aos 31 anos, porém, o jogador disse que o Palmeiras chamou sua atenção. Segundo a imprensa italiana, o ex-meia da Lazio tinha proposta da Juventus na mesa.
“Tiveram muitas especulações, sondagem que chegavam até nós. Muitas eram verdades, outras nem tanto. Estava em um momento de decisão, eu precisava decidir para poder me organizar, focar no final do meu mês na Lazio, porque a Lazio estava num momento difícil no Campeonato (Italiano). Não queria ficar com especulação e esperava um projeto como o do Palmeiras. E o projeto não é só para me ajudar a me preparar, é o todo. São tudo que vivem nos últimos anos, os títulos, creio que é um clube que todo jogador quer estar, porque compete em todas as competições para vencer. Me chamou a atenção. No princípio não pensava em voltar ao Brasil, mas com calma vi que era o momento certo e a hora certa”, esclareceu.
Felipe Anderson, no entanto, despistou se estreará já nesta quarta-feira (17), contra o Botafogo, em jogo pelo Brasileirão.
“Os profissionais aqui são incríveis, com dedicação, luta. Essas semanas foram intensas, boas. Me sinto bem fisicamente. Estarei disponível, estou à disposição e vamos ver o que acontece”, despistou.
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Posicionamento
“Como eu falei é sempre o treinador que decide, mas gosto de estar disponível e me cuido muito. Sobre posição, nos últimos três anos na Lazio, o treinador me mudou muito. Joguei bastante na direita, mas ele me colocava na esquerda, meio. Último mês joguei até de ala. Desde que cheguei na Itália aprendi muito de tática e queria saber de todas as posições para assimilar os jogos, o que o treinador pede. Isso tem me ajudado muito para colaborar com o time. Gosto de estar disponível independente da posição. Nas duas últimas joguei de falso nove, liberdade de se movimentar e é uma posição que gosto.”
Futebol brasileiro
“Com certeza mudou muito o futebol brasileiro, também a mentalidade dos jogadores brasileiros. Até a minha, desde que subi para o profissional. Intensidade de treino, recuperação. Isso tudo quando acompanhamos… A Europa estava um pouco à frente, mas nos últimos anos acompanhando os meus amigos daqui e até que chegam na Europa, que tem preparador físico para não perder treino. O braisleiro tem a técnica acima da média, e juntando a parte física e mental, eu acredito que o futebol brasileiro está no caminho certo. O futebol mais competitivo e pode se tornar melhor.”
Estevão
“Antes de conhecê-lo, a atitude de ter o drible, mas voltar para marcação e ser dedicado no clube, o caráter, não precisa dizer muito. Um garoto que está centrado e está colhendo os frutos. Faz uma magia a cada jogo, ele tem suporte e sabe o que precisar estarei à disposição. Vamos ter esse ano para conversar muito e dar conselhos. Ele está muito bem, está fazendo espetáculo. Então é melhor que ele fique assim.”
Calendário
“O desafio maior é o calendário, mas eu já sabia e eu amo jogar futebol. Então estou feliz com isso, jogo a cada três dias. Não é fácil, mas levarei pelo lado bom, farei com amor, dedicação. As distâncias das viagens temos que abdicar das coisas para estar bem para os próximos jogos. Sabemos do nosso país, maravilhoso, um futebol maravilhoso. Eu queria um dia voltar e acabei voltando.”
Grupo e a adaptação
“Aqui na Academia foi importante estar aqui. Todo mundo está conectado aqui, isso me surpreendeu, todo mundo amigo. Isso facilita e encurta o tempo de adaptação, que foi o que aconteceu comigo e com os jogadores que chegaram juntos. Temos falado que é muito fácil se adaptar, um grupo unido. Eles falam que o ego tem que ficar fora da Academia. Desde o primeiro dia, cada vez que que conheço mais, gosto mais.”
Estrutura
“Como eu já falei, aqui na Academia com certeza é uma das melhores instalações do Brasil e do mundo. A gente fala sobre os outros clubes e tenho certeza que essa é uma das melhores. Não só a estrutura, mas o método de trabalho. É surpreendente. Tenho ficado horas aqui, porque quero aproveitar muito. Tenho conversado bastante com os jovens, curiosidades eu pergunto. Eles também me perguntam e temos criado uma amizade.”
Vontade por títulos
“Com certeza todo jogador independente se ganhou título ou não vai querer estar em um lugar que ganha títulos. A fome de poder vencer títulos, fome de estar no meu país, país do futebol e estar em um time que ganha. Isso me motivou e me motiva cada dia mais. Tem jogador aqui que ganhou tudo e está dando o máximo no treino. Depois que eu vim e comecei a trabalhar aqui, vi que estou no lugar certo. Estou com fome de títulos, porque nos últimos anos não conquistei, então sem dúvidas é o motivo que vim.”
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