A âncora Mariana Godoy, ex-Globo e atualmente na Record, revelou um caso de assédio sexual envolvendo o jornalista esportivo Roberto Avallone, que morreu em 2019. Em entrevista ao canal do jornalista Cosme Rímoli no YouTube, ela disse que o episódio ocorre nos anos 80, quando Avallone era seu chefe.
Segundo Mariana, o assédio aconteceu quando foi convidada para um teste na Record. Ao avisar para Avallone, então seu chefe na TV Gazeta, sobre a oportunidade, a jornalista acabou surpreendida com a reação dele.
“Quando eu contei isso para o Avallone, ele ficou tão feliz com a fidelidade, que pegou minha boca para me dar um beijo, como se fosse um prêmio. Eu dei um tapa, um empurrão, saí de lá, e fui chorar no banheiro. Fiquei arrasada e com medo”, contou Mariana, que decidiu não denunciá-lo.
“O Avallone não fez isso como quem diz ‘ou você me beija, ou está fora’. Foi porque ele era sem noção, extremamente vaidoso e realmente achava que um beijo dele era um prêmio para alguém. Ele era só uma pessoa com quem eu não queria mais proximidade. Não falei com ele durante anos”, declarou.
Após a repercussão da entrevista, Anna Flávia Avallone, filha do jornalista, criticou a postura de Mariana em tornar público o assédio após cinco anos da morte de Roberto.
“Ai Mariana, você é uma piadinha né? Fácil querer se mostrar na mídia usando o nome de uma pessoa que nem pode se defender”, publicou em sua rede social.
Ex-mulher de Avalone, Ana Kalyne, que também é jornalista, seguiu o mesmo ponto da filha, mas não questionou a veracidade do relato de Mariana.
“Quero deixar claro que não estou dizendo se é verdade ou mentira a declaração dela, mas sim o momento escolhido para falar sobre. Se não o fez a época por causa de oportunidades profissionais, o fizesse quando ele estava vivo. Ele faleceu faz 5 anos e meio. Então, ela teve muito tempo”, disse Kalyne a Fabia Oliveira, do Metrópoles.
Mariana Godoy ainda não fez novas declarações após as falas da família de Avallone.
Quem foi Roberto Avallone?
Roberto Francisco Avallone foi um importante jornalista esportivo. Nascido em São Paulo, em 22 de fevereiro de 1945, o profissional começou a ganhar destaque nos anos 80, com passagem pela Rádio Globo e Eldorado. Nos anos 2000, iniciou sua trajetória na Rede TV!. De lá, seguiu para a Bandeirantes, antes de desembarcar na Rádio Capital. Em 2009, chegou na CNT, onde ficou até 2012.
Com participações em programas esportivos, principalmente em mesas redondas, Avallone ficou marcado pelo uso de bordões como ‘no pique’ e ‘exclamação’. Ele morreu em 25 de fevereiro de 2019, aos 74 anos, em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca.
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