O Brasil chegou perto, mas parou novamente nos gigantes. Nesta terça-feira (30/7), a seleção brasileira de basquete perdeu a segunda partida pelo grupo B dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, desta vez para a Alemanha, por 73 x 86. Em roteiro semelhante ao da estreia contra a França, com apagão no terceiro quarto, o time verde-amarelo deu trabalho e ameaçou surpreender os atuais campeões do mundo, mas não conseguiu se manter parelho aos alemães no final e se complicou no saldo de pontos.
O resultado atrapalha a vida do Brasil por uma vaga no mata-mata. O problema maior não foi a derrota em si, mas sim a diferença no placar. Derrotado por 13 pontos, somando com os 12 de diferença no revés para a França, a seleção caiu para 25 negativos na conta entre cestas a favor e contra. Desta forma, o país agora está na lanterna do grupo e joga a vida contra o Japão na sexta-feira (2/8), às 6h, precisando de mais do que apenas a vitória.
A esperança é ficar entre os dois melhores terceiros colocados, mas para isso precisa superar os adversários no saldo de pontos e ficar de olho no que acontece nas chaves A e C. A disputa no primeiro pote tem Austrália, Espanha e Grécia, enquanto no terceiro o cenário está em aberto por terem feito apenas um jogo até então, apesar da tendência ser Sérvia, Sudão do Sul ou Porto Rico, se os Estados Unidos confirmarem o favoritismo.
Vindo do banco, o destaque do Brasil foi Yago, autor de 18 pontos e 8 assistências, além de Vítor Benite, contribuindo com mais 17 pontos. Do outro lado, o nome do jogo foi Dennis Schroder, eleito melhor jogador na Copa do Mundo de 2023. O armador do Brooklyn Nets na NBA somou 20 pontos, acompanhado de perto pelos companheiros Franz Wagner, do Orlando Magic, com 17, e Isaac Bonga, com 15.
A situação de momento na chave B tem a Alemanha na frente, com duas vitórias e saldo de 33 pontos positivos, seguidos pela França, também com um par de triunfos, mas apenas 16 de saldo. Ainda sem vencer, Japão e Brasil estão separados por apenas um ponto negativo (-24 x -25) na terceira e quarta colocação, respectivamente.
O jogo
Diferente do jogo contra a França, quando o Brasil começou bem e abriu vantagem no início, a Alemanha dominou no primeiro quarto. Aproveitando as falhas da defesa verde-amarela e o baixo índice de acerto nas tentativas de arremesso, os atuais campeões do mundo dispararam na frente cedo e fecharam a parcial em 10 x 22.
Os comandados pelo técnico croata Aleksandar Petrovic conseguiram diminuir o prejuízo no segundo período. Liderados por Yago e Bruno Caboclo, ex-colegas de time no Ratiopharm Ulm, a seleção começou a rodar melhor a bola para conseguir arremessos livres e calibrou a mira da linha de três. Com os chutes do perímetro caindo, os brasileiros encostaram em 40 x 40 na ida para o intervalo.
No entanto, o apagão veio novamente. Com Caboclo outra vez pendurado por faltas e depois expulso no meio do terceiro quarto, com cinco em apenas 13 minutos de ação, o Brasil se perdeu em quadra tanto na defesa quanto no ataque. Com dificuldade para contestar as tentativas da Alemanha e responder com a bola na mão, o time voltou a ficar para trás, desta vez por 51 x 60.
Os erros persistiram no último período e a vantagem só aumentou para os alemães. Abusando dos erros e sem o principal pivô, a seleção não encontrou mais alternativas no ataque, dependendo apenas de lampejos de Yago ou Benite. Sem soluções, o time tupiniquim viu o placar aumentar e terminar em 73 x 86.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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