Tarja das olimpiadas
Olimpíadas Paris-2024

Vitória histórica de Teddy Riner no judô teve árbitro candango

André Mariano dos Santos, professor de Taguatinga, julgou e viu de perto a conquista do francês no ouro dos pesos pesados da Olimpíada de Paris-2024

Árbitro André Mariano confirmou o golpe do tricampeonato dos pesos pesados de Teddy Riner contra Kim Min-jong -  (crédito: AFP)
Árbitro André Mariano confirmou o golpe do tricampeonato dos pesos pesados de Teddy Riner contra Kim Min-jong - (crédito: AFP)

Teddy Riner se tornou tricampeão olímpico dos pesos pesados no judô e consolidou de vez o legado como um dos maiores atletas do esporte. A conquista do ídolo francês, nesta sexta-feira (2/8), foi a sexta da carreira em Olimpíadas, a quarta de ouro – uma delas em equipe –, e agora em casa. Além do judoca europeu e do medalhista de prata Kim Minjong, da Coreia do Sul, o DF também marcou presença no tatame da Arena Champ de Mars para o momento histórico: o confronto foi mediado pelo juiz candango André Mariano dos Santos.

Único representante do Brasil e da América do Sul entre o grupo de árbitros selecionados pela Federação Internacional de Judô para avaliar as lutas nas Olimpíadas de Paris-2024, o brasiliense é professor de educação física do Colégio Marista Champagnat Taguatinga e da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). São mais de 40 anos dedicados ao judô, com três experiências olímpicas na bagagem.

Sem momentos controversos, André apareceu no fim do combate e puniu ambos os judocas com um shido. Depois, teve visão privilegiada para ver o ippon que consagrou o ouro de Riner e assinalou a vitória do francês.

Não foi a primeira vez do candango como árbitro no tatame em uma Olimpíada, já que exerceu a função em Tóquio-2020, além de ter sido responsável pela captação de imagens nos Jogos do Rio-2016 e aferidor de quimono na Paralimpíada daquele ano. Ainda assim, a experiência em Paris é diferente.

"O sonho foi realizado em Tóquio no tatame, mas lá não tínhamos público devido à pandemia. Agora, estaremos na casa de uma das grandes potências do judô. Nas disputas por equipe no Japão, a França venceu os anfitriões. Agora, os japoneses têm a possibilidade de dar o troco, ou a França consolidar essa vitória. Imagino que Paris será A Olimpíada", comentou ao Correio na série Équipe Brasília.

Além do árbitro, o Brasil esteve presente de outra maneira na final. Riner, considerado como “um francês carioca”, tem apartamento em Copacabana e já passou por um período de treinos no país para aprender técnicas de judô e jiu-jitsu brasileiro.

"Obrigado ao Brasil por me receber neste período de preparação para os Jogos Olímpicos. Foi incrível, aprendi várias técnicas nessa viagem. Essa medalha é minha, mas também tem uma alma brasileira, assim como a de todos que me ajudaram a consegui-la”, disse o judoca na coletiva de imprensa pós-medalha.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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postado em 02/08/2024 18:27
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