Antes da partida da Seleção Brasileira contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva, já em Assunção. O treinador comentou sobre os questionamentos no Brasil e também citou a falta de tempo para treinar. O comandante pede mais paciência para evolução da equipe dentro de campo.
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“Não vai acontecer do dia para a noite, não adianta criar ilusão para o torcedor, não vamos dar espetáculo do dia para a noite. Isso demanda tempo, daqui a pouco ali na frente vamos encontrar caminho. É um trabalho bem diferente do clube, onde no dia seguinte você começa a corrigir o que foi apresentado, melhorar os pontos positivos. Na Seleção, não. Depois que acabar o jogo, dois ou três vão para Londres, Danilo vai para Itália, Dorival e comissão vão para o Rio de Janeiro. É um trabalho completamente diferente”, argumentou antes de complementar.
“Tivemos dois dias de treinamentos para poder jogar contra o Equador. Ontem e anteontem, recuperação. Hoje um trabalho leve para estar em campo amanhã. É o que temos. Em outros momentos era diferente, hoje o futebol está muito igual, quem estava lá embaixo conseguiu chegar nas equipes de cima, e quem estava em cima estava perto do limite”, completou Dorival.
Como avalia seu trabalho?
Apesar de reconhecer a necessidade de evolução, o técnico fez um saldo positivo de seu trabalho até aqui. O treinador, aliás, fará a sua décima partida sob o comando da Amarelinha.
“Percebo evolução como equipe, não em qualidade de espetáculo. Como equipe estamos encontrando caminho, estamos fortes na retomada de bola, na volta depois da perda da bola, quando o adversário troca dois ou três passes e esboça uma transição. Estamos mais agressivos nessa retomada. Como equipe acredito que tenhamos evoluído, faltam detalhes perto da área adversária, uma opção mais confiável, jogada individual que possa ter desequilíbrio, detalhes que são fundamentais e que talvez não tenha acontecido até esse momento.
E a escalação, Dorival?
Dorival não falou abertamente sobre a escalação que levará a campo contra o Paraguai, mas indicou que fará a mudança esboçada no treino desta segunda: Endrick no lugar de Luiz Henrique.
“Era uma possibilidade que existia já para a primeira partida, não aconteceu, mas senti muita falta de um homem um pouco mais centralizado e que busque atacar os espaços da última linha adversária. O Endrick tem essa característica, precisa de adaptação, mas é quem mais se aproxima desta função”, destacou.
Com a vitória simples sobre o Equador, o Brasil, afinal, ocupa a quarta colocação das Eliminatórias, com dez pontos, oito a menos do que a líder Argentina. Já o Paraguai é o sétimo, com seis pontos. Os times, aliás, entram em campo, nesta terça-feira, às 21h30, no Defensores Del Chaco.
Desempenho de Vini Jr
“O caminho é não gerar expectativas execessivas, mesmo entendendo que ele viva um grande momento, assim como nós demos oportunidades para outros atletas, como nesta última janela de copas, como nas anteriores. Nós temos que ter um pouco mais de paciência”
Pressão
“Essa pressão não diminui em momento nenhum, seja com derrota ou vitória, isso não se altera. A camisa da Seleção ela requer alcance de resultados rápido e desenvolvimento. E é nisso que trabalhamos. Tivemos ali apenas um alívio por determinado momento. No dia seguinte, já estávamos vendo o que melhorar. Independentemente do resultado, há erros e acertos que gerem dúvidas e certezas”.
Ajustes no ataque
“Em termos de posicionamento, equilíbrio, ocupação de espaços, temos feito muito bem. Estamos pecando no ataque a última linha, numa individualidade que desequilibre, numa troca de passes em profundidade. Isso que está faltando e nos preocupa, é natural”, disse.
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