Na janela de transferências, que fechou no último dia 2, o Fluminense, que está em franca recuperação no Brasileirão, mudou sua estratégia no mercado. Assim, com o técnico Mano Menezes, o Tricolor rejuvenesceu seus reforços, algo que tem dado resultado em campo, com um time mais intenso, vertical e objetivo.
Ao contrário de jogadores mais experientes e acima dos 30, o novo comandante preferiu trazer nomes que dessem mais vigor físico e aguentassem o intenso calendário. Fernando Diniz, seu antecessor, adotava um estilo com a bola nos pés e toques curtos. Depois dos títulos da Libertadores e da Recopa, porém, o trabalho desandou em 2024.
No primeiro semestre, Diniz focou na experiência, algo que deu certo na temporada anterior. Contudo, o time já era recheado de jogadores acima dos 30 anos. Então, seis dos oito reforços estavam nesta faixa de idade, com a média de 29,9. Entretanto, nenhum desses atletas com mais rodagem renderam ou se encaixaram ao estilo de jogo, o que refletiu no fraco início de campanha no Brasileirão.
Além disso, o treinador insistiu em tentar resgatar o futebol de atletas que estavam em baixa: Douglas Costa, Renato Augusto e Gabriel Pires. Os únicos reforços abaixo dos 30 anos foram o colombiano Jan Lucumí, pouco utilizado por Diniz, e Marquinhos, que muitas das vezes foi deslocado para a lateral-direita.
Imposição física e foco no rendimento
Mano, por sua vez, adotou uma estratégia oposta, com atletas mais jovens, focados na força física e intensidade. Um estilo mais direto e voltado para o rendimento. A média, então, caiu para 26,6. O único reforço acima dos 30 anos foi justamente Thiago Silva, que é ídolo do clube, elevou o patamar da defesa e tem cuidados especiais na questão física.
Quando o treinador gaúcho assumiu, o Fluminense somava apenas 6 pontos, na lanterna do Campeonato Brasileiro. Onze partidas depois, o Tricolor está fora do Z4, com 27 pontos, três a menos que o 11º colocado. Dessa forma, caso vença o Juventude no domingo (15), fora de casa, a equipe pode ganhar várias posições se tiver uma combinação de resultados.
Um cenário que era inimaginável poucos meses atrás. Mesmo com as saídas de André e Alexsander, nomes como Serna, Bernal e Nonato começam a mostrar que podem fortalecer o elenco não só em qualidade, como também em entrega. Um fio de esperança para a torcida por voos mais altos na temporada não só no Brasileirão, como também na luta pelo bi da Libertadores.
Janela do início de 2024
1 – Felipe Alves: 36 anos
2 – Antônio Carlos: 31 anos
3 – Renato Augusto: 36 anos
4 – Gabriel Pires: 30 anos
5 – David Terans: 30 anos
6 – Jan Lucumí: 20 anos
7 – Douglas Costa: 33 anos
8 – Marquinhos: 21 anos
Média de idade: 29,9 anos
Janela do meio do ano de 2024
1 – Facundo Bernal: 21 anos
2 – Gabriel Fuentes: 27 anos
3 – Ignácio: 27 anos
4 – Kevin Serna: 26 anos
5 – Nonato: 26 anos
6 – Thiago Silva: 39 anos
7 – Victor Hugo: 20 anos
Média de idade: 26,6 anos
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