Um Flamengo e Vasco é sempre complicado. Por mais que um deles tenha – teoricamente – mais soluções, não consegue, eventualmente, dobrar o adversário. Notadamente quando a Comissão Técnica mexe mal e não faz o time perceber que precisa ganhar, sem abusar de capricho. O Rubro-Negro tem Gabriel no banco e põe Carlinhos. Num contra-ataque – ironicamente a arma cruzmaltina – a linha Léo Ortiz-Wesley-Arrascaeta deixou Gérson – o melhor em campo – fazer 1 a 0. O castigo veio no fim: a bola voou na área e Philippe Coutinho escorou para arrancar os três pontos que o Fla julgava já ter conquistado. É fato que a jornada de Tite está acabando. Será ao término de setembro.
A pequena vantagem que o Flamengo teve na posse de bola sobre o Vasco, ao longo do primeiro tempo. Produziu duas boas oportunidades, com Pulgar e Arrascaeta, ambas desperdiçadas. E a esperança – para o torcedor – que o time voltasse para a etapa final com a postura ofensiva que apresentou antes do intervalo. A propósito, como já ocorreu em outras ocasiões, quando decide jogar para frente, o Flamengo troca passes em excesso em torno da área adversária. Mas finaliza pouco, ou no limite. É necessário ser fatal. O Vasco optou por explorar contra-ataques. Mas no único que acertou, com David, que concluiu no travessão, em impedimento. O 0 a 0, até ali não surpreendeu.
Mudanças catastróficas
O Flamengo voltou, como fizera até então, costurando muito. E o adversário fechando os espaços, o que não resultava em nada, à exceção de uma bola na mão de Maicon, que sequer foi revisado. Após dez minutos, o Vasco ameaçou sair. E despertou a sua torcida, que animou o time, o suficiente para Bruno Henrique invadir a área e bater na trave esquerda. Mas eis que Tite decide iniciar as mudanças catastróficas, lançando Carlinhos, deixando Gabriel no banco. Mais sorte que juízo de Tite, e seu ministério, surgiu a linha de passe rasteira que deixou Gérson à vontade para abrir o placar: 1 a 0. O Vasco fez mudança, lançando Philippe Coutinho, e ficou em situação difícil. Afinal, precisava atacar, deixando espaços atrás. Aos 37 – ou 82 – Gabriel, enfim, entrou em campo.
Tite e o Flamengo
Aos 40, porém, veio o tal castigo, na prática um resultado até justo, levando-se em conta as barbeiragens de Tite, que brinca com tudo e com todos, transformando em vinagre o que há de melhor nas mãos da CT, que deixará a Gávea até o fim do mês. Pela porta dos fundos.
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