Basquete

Bola de três não cai e Brasília é eliminado pelo Minas na Copa Super 8

Time candango esteve a uma bola de chegar na final, mas desperdiçou oportunidades nos últimos minutos e disse adeus ao torneio de mata-mata; mineiros enfrentam Flamengo ou Franca pelo título

Baralle acertou bola milagrosa no final da partida e Minas elimina o Brasília na Copa Super 8     -  (crédito: Hedgard Moraes/MTC)
x
Baralle acertou bola milagrosa no final da partida e Minas elimina o Brasília na Copa Super 8 - (crédito: Hedgard Moraes/MTC)

O Brasília perdeu para o Minas por 61 x 58, nesta terça-feira (28/1), em Belo Horizonte, e está eliminado da Copa Super 8. A derrota na semifinal foi com contornos dramáticos para o time candango, que saiu atrás, buscou a virada e esteve na frente na reta final da partida, mas desperdiçou oportunidades e viu Franco Baralle acertar uma bola de três pontos no fim para sacramentar a vitória mineira. A decisão será no domingo (2/1), contra Flamengo ou Franca.

Decisivo, o argentino Baralle foi o nome do jogo, com 17 pontos. O pivô Alexandre Paranhos foi outro destaque do Minas, somando 15 pontos e 10 rebotes. Do outro lado, o cestinha da partida foi o estadunidense Anton Cook, do Brasília, com 23 pontos. Além dele, apenas o bahamense David Nesbitt superou a casa dos sete pontos, com 11 no total.

Especialista na bola de três, o time candango vive e morre nas mãos do fundamento. Maior pontuadora da liga nos chutes do perímetro, a equipe do técnico Dedé Barbosa não conseguiu calibrar contra o Minas. Foram apenas seis acertos em 35 tentativas na partida, aproveitamento de apenas 17%. Gemadinha, que converte 2,7 chutes em média por jogo, errou todos os dez tentados na noite.

“Foi uma briga até o final, brigamos muito, mas no final eles ganharam. Quando a bola não cair, precisamos mais da defesa”, disse Cook ao NBB. “Contente pela classificação para a final. Foi um jogo muito travado, mas é normal, sentimos a pressão, são instantes decisivos, se perder volta para casa. Conseguimos sair de uma situação adversa, porque no terceiro quarto jogamos um basquete muito abaixo, mas deu para reverter no último período. O time me deu confiança para tentar esses chutes e ganhamos”, completou Baralle, filho e neto de ex-jogadores de basquete.

O resultado significa que o jejum de 10 anos do Brasília longe de uma final segue em vigor, mas não ofusca a temporada de recuperação do time candango. Já o Minas chega na segunda final de Super 8, em busca do bi (campeão em 2021/22), e mantém a invencibilidade como mandante na temporada 2024/25. Foram 10 jogos pelo NBB e outros dois pelo torneio de tiro curto, todos com triunfo mineiro. A última derrota da equipe em Belo Horizonte foi em maio do ano passado, quando perdeu para o tricampeão Franca no terceiro jogo da semifinal da liga.

Os brasilienses agora retornam a atenção para o NBB. A equipe está em terceiro no campeonato e volta à quadra na próxima quarta-feira (5/2), quando visita a Unifacisa na Paraíba, às 19h30, com transmissão da Rede ITA e do Basquetepass. Já o Minas espera o vencedor do confronto entre Flamengo e Franca na outra semifinal, nesta quarta-feira (29/1), às 19h, no Rio de Janeiro. Quem levar a melhor duela contra os mineiros no domingo (2/1), às 17h, na Arena UniBH, valendo o título da Copa Super 8.

O jogo

A partida começou com um show de horrores de ambos os lados. O Minas desperdiçou a posse de bola com muitos erros, mas o Brasília foi muito mal nos arremessos, acertando apenas três de 18 tentados, em especial do perímetro, com somente uma conversão em dez chutes. Ainda assim, os donos da casa aproveitaram o garrafão e dominaram os rebotes, com 16 contra 6 dos brasilienses, e abriram vantagem de 17 x 10 na parcial inicial.

Os visitantes conseguiram equiparar a situação no segundo quarto, principalmente com Cook, autor de 10 pontos no período, e impediram que a diferença aumentasse mais. Ainda assim, o placar foi para o intervalo com os mineiros na frente por 35 x 28, liderados por 10 pontos cada da dupla de pivôs Paranhos e Hollowell.

No entanto, se as bolas não estavam caindo antes, na volta do intervalo o time candango procurou outras alternativas. O Brasília começou o terceiro quarto anotando 8 pontos consecutivos, apostando nas tentativas para dois, o suficiente para assumir a dianteira do placar. A defesa encaixou, tanto que o Minas fez apenas 7 pontos na parcial, a menor marca do time em um quarto em toda a temporada.

Com a diferença de apenas uma bola, a partida seguiu tensa até o estouro final do cronômetro. As equipes se alternaram na liderança e o Brasília teve a chance de matar o jogo, mas Nesbitt, Gemadinha, Lucas Lacerda e Cook erraram tentativas de três pontos no último minuto. O estadunidense ainda desperdiçou um lance livre que colocaria a vantagem em três.

No entanto, do outro lado, Baralle chamou a responsabilidade. Primeiro, o argentino partiu para dentro com 45 segundos restando e converteu uma bandeja difícil para empatar a partida. Depois, chamou Nesbitt para dançar e acertou a bola de três que sacramentou a vitória do Minas.

Arthur Ribeiro*
AR
postado em 28/01/2025 21:10 / atualizado em 28/01/2025 21:39