
Enfim, ela chegou! A temporada de 2025 da Fórmula 1 está entre nós e os melhores pilotos do mundo desembarcam neste fim de semana para o Grande Prêmio da Austrália, a primeira etapa do ano. A prova irá marcar o pontapé para a 75ª edição da elite do automobilismo, além de ter a presença brasileira e velhos conhecidos de casa nova. A atividade que inicia os trabalhos é o treino livre inaugural, às 22h30 desta quinta-feira (13/3). A classificação será às 2h de sábado (15/3), enquanto a largada da corrida será à 1h, na madrugada de domingo (16/3).
Após quatro anos iniciando os motores no Bahrein, a F1 retomou a tradição de começar na Austrália. Do outro lado do mundo, os brasileiros irão poder acompanhar a volta de um compatriota ao grid após sete anos. Campeão da F2 e da F3 no ano de estreia, Gabriel Bortoleto irá correr pela Sauber ao lado de Nico Hulkenberg e é o 33º piloto do Brasil na elite do automobilismo. Ele é apenas um da lista extensa de calouros que iniciam a temporada como titulares pela primeira vez, ao lado de Liam Lawson (Red Bull), Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), Oliver Bearman (Haas), Jack Doohan (Alpine) e Isack Hadjar (RB).
Apesar da estreia de Gabriel concentrar expectativas da torcida verde-amarela, o grande holofote do GP da Austrália vai para a primeira corrida de Lewis Hamilton com o vermelho da Ferrari. O britânico de 40 anos, com sete títulos na bagagem, trocou a Mercedes após mais de uma década com a missão de tirar o time de Maranello da lista de espera por um troféu. Ao lado de Charles Leclerc, o heptacampeão irá formar uma das duplas mais fortes do grid.
Para correr atrás de bons resultados, Hamilton e a Ferrari terão que superar a concorrência de Max Verstappen e da Red Bull. Apesar de não ter mais um carro dominante como nos últimos anos, o holandês atual tetracampeão da F1 já mostrou que não deve ser descartado. O peso do favoritismo recai na McLaren. Campeã de equipes em 2024, o time de Woking trouxe de volta Lando Norris, principal postulante ao trono do holandês, e Oscar Piastri. A dupla, inclusive, é uma das duas únicas a permanecerem unidas após a temporada passada, além do par da Aston Martin.
Nas vésperas de uma mudança drástica no regulamento de carros e motores em 2026, a nova edição tem poucas novidades no quesito técnico. A principal é o fim do ponto extra de volta mais rápida.
Ver essa foto no Instagram
Depois da corrida em Albert Park, a Fórmula 1 retorna já na próxima semana, em 23 de março, para o GP da China, no Circuito Internacional de Xangai. A prova é mais uma da sequência da madrugada, já que a largada está marcada para às 4h da manhã.
A pista
O circuito de rua de Albert Park, construído em torno do lago homônimo, é um dos mais rápidos do calendário. Não à toa a Pirelli, fornecedora dos pneus da F1, disponibilizou os compostos duro C3, médio C4 e macio C5 para a prova, os mais velozes da categoria. Com 5,278 quilômetros de comprimento, o percurso tem 58 voltas totais e 14 curvas cada, incluindo quatro zonas de DRS (abertura da asa traseira para menor arrasto e mais velocidade) para proporcionar mais ultrapassagens.
O conjunto da obra resulta em muitas trocas de posições na pista. Foram 34 na bateria de 2022 e outras 29 no ano seguinte, além de 24 na última edição.
Curiosidades sobre o GP da Austrália
A Austrália recebe provas oficiais da Fórmula 1 desde 1985, à época em Adelaide, e passou a ser sediado em Melbourne a partir de 1996. O país da Oceania foi palco da última vitória de Ayrton Senna, em 1993. Na ocasião, o brasileiro tricampeão mundial cruzou em primeiro pela McLaren e convidou o rival Alain Prost para compartilhar o lugar mais alto do pódio, em homenagem à despedida do francês das pistas.
O maior vencedor da prova é Michael Schumacher, em quatro ocasiões, todas no Albert Park (2000, 2001, 2002 e 2004). O alemão guarda outras boas memórias em solo australiano, principalmente em 1994, quando foi campeão mundial pela primeira vez. O título veio de maneira controversa, após ter se chocado com Damon Hill e ambos precisarem deixar a corrida, confirmando a vitória do campeonato por um ponto de diferença.
Ver essa foto no Instagram
Voltando ao presente, dois pilotos no grid concentram a torcida local: os conterrâneos Oscar Piastri, da McLaren, e o calouro Jack Doohan, da Alpine. No entanto, nenhum australiano conseguiu chegar no pódio em casa. Daniel Ricciardo, que deixou a F1 no meio da temporada passada, chegou a cruzar em segundo em 2014, mas foi desqualificado após a bandeirada.
A última edição do GP da Austrália teve emoções aos montes. Max Verstappen, que havia ganhado as duas outras provas do ano até então, precisou abandonar em razão de um problema no sistema de freios. Quem aproveitou foi Carlos Sainz, recuperado dias após realizar uma apendicite, que venceu pela terceira vez na carreira.
Programação do GP da Austrália
Primeiro treino livre: quinta-feira (13/3), às 22h30
Segundo treino livre: sexta-feira (14/3), às 2h
Terceiro treino livre: sexta-feira (14/3), às 22h30
Classificação: sábado (15/3), às 2h
Corrida: domingo (16/3), à 1h