
A mineira Ludymilla Araújo Lima ganhou destaque recente na mídia ao tornar-se alvo de investigações da Polícia Federal no inquérito que apura um suposto esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Casada com irmão do atacante Bruno Henrique, a recepcionista é um dos nomes de familiares do jogador do Flamengo envolvido no caso de apostas.
As investigações indicam que Ludymilla apostou R$ 880,86 no cartão amarelo recebido pelo atacante no dia 01 de novembro de 2023, com retorno de R$ 2.605,67. O investimento feito pela mineira — e outros nove suspeitos — coincide com o jogo citado por Bruno Henrique em conversa prévia com o irmão no WhatsApp.
O marido de Ludymilla e irmão do atacante, Wander Nunes Pinto Junior, também acabou indiciado pela PF. Segundo consta, ele apostou R$ 380,86 para um retorno de R$ 1.180,67. Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do ídolo rubro-negro, fecha a lista de vínculos mais próximos ao ídolo rubro-negro envolvidos no caso.
Quem é Ludymilla
Nascida em Conceição da Boa Vista, no interior de Minas, a mulher de 33 anos vive em Belo Horizonte. Ludymilla trabalhava como recepcionista e, antes de todo caso envolvendo apostas esportivas, morava com Wander na casa de sua avó.
Mãe de dois filhos frutos da relação com Wander, a mineira se envolveu no caso após a separação dos dois naquele ano. Ludymilla cobrava pensões alimentícias do também jogador e, quando soube que tinham aberto uma conta na Betano com seu CPF, passou a exigir pagamento de um plano de celular. Os dois reataram o relacionamento de mais de uma década em 2024.
A Polícia acessou conversas suspeitas entre Wander e naquela época sua ex. Em uma delas, o irmão do atacante demonstra expectativa pelo recebimento de um dinheiro capaz de quitar todas suas dívidas com Ludymilla. A mulher ganhava um salário mínimo na carteira em seu último emprego — antes de tentar a sorte no mundo das apostas. Os registros do Instagram expõe uma grande mudança no estilo de vida a partir de 2024, quando, inclusive, ganhou uma joia do marido.
Envolvimento de Bruno Henrique
A Polícia Federal teve acesso a trocas de mensagens entre o atacante e seu irmão que levantaram suspeitas de manipulação. Num diálogo datado de 29 de agosto, Wander pergunta ao jogador sobre a quantidade de cartões recebidos no Campeonato Brasileiro. Bruno confirma que está pendurado e indica quando tomará o terceiro — que resulta na suspensão automática:
“Contra o Santos”, antecipa. Wander respondeu com a intenção de “guardar o dinheiro” para o “investimento de sucesso”. Trecho este considerado um dos principais indícios da articulação do esquema. A análise do celular do irmão revelou mais de quatro mil mensagens que levantaram suspeitas devido ao excesso de apagadas ou vazias, além de diálogos suspeitos.
Embora o inquérito esteja em andamento, a PF sinalizou fortes indícios de fraude esportiva e estelionato no caso. Entende-se, pelo relatório em análise, que Bruno Henrique forçou cartão para beneficiar o grupo de apostadores.
Ludymilla manteve uma postura pública de tranquilidade durante as investigações. Sua última publicação nas redes sociais, em janeiro, dizia que “uma mente em paz é um coração livre de pesos”. Vale frisar que o post foi ao ar quando ela já figurava entre os alvo das apurações.
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