Basquete

Gui Santos projeta papel na seleção brasileira: "quero ser uma referência"

Ala brasiliense teve contrato mantido no Golden State Warriors e segue como único representante do Brasil na NBA; apesar do desejo, o jogador ainda não sabe se vai participar da AmeriCup

Gui Santos foi peça importante nas Olimpíadas de Paris-2024 e mira papel de referência na seleção para os Jogos de Los Angeles-2028 -  (crédito: Abelardo Mendes Jr./CB/D.A Press)
Gui Santos foi peça importante nas Olimpíadas de Paris-2024 e mira papel de referência na seleção para os Jogos de Los Angeles-2028 - (crédito: Abelardo Mendes Jr./CB/D.A Press)

Único brasileiro com contrato ativo na NBA, Gui Santos sequer era nascido nos tempos áureos do basquete do país. O ala de 23 anos viu o Brasil ficar de fora em três das últimas seis edições dos Jogos Olímpicos e ter como melhor desempenho o 5º lugar em Londres-2012, quando caiu para a rival Argentina nas quartas de final. O resultado, assim como a 7ª colocação em Paris-2024 vencendo apenas um jogo, soa como pouco para uma Seleção que subiu ao pódio três vezes. Por isso, a nova geração já traçou a rota para Los Angeles-2028 com objetivo de recolocar o verde-amarelo no mapa da bola laranja, e o brasiliense quer ser uma peça-chave nesse processo.

O primeiro passo do novo ciclo olímpico será na Americup, entre 22 e 31 de agosto, em Manágua, na Nicarágua. O técnico croata Aleksandar Petrovic, que reassumiu o comando da equipe antes do pré-Olímpico de 2024, deve anunciar os convocados na próxima semana e Gui não esconde o desejo em ser um dos escolhidos. No entanto, é preciso também alinhar as expectativas com o Golden State Warriors, que exerceu a opção contratual para manter o brasileiro na próxima temporada da NBA, marcada para começar em outubro.

“Se depender de mim, com certeza quero estar com a Seleção, é sempre um prazer, mas tem muito mais coisas envolvidas. Preciso sentar para conversar com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e o Golden State para, juntos, vermos o que é possível fazer”, contou Gui ao Correio durante as férias em Brasília, após o fim da temporada de 2024/25 da NBA.

Figura constante na Seleção Brasileira nos últimos anos, o brasiliense ainda alterna entre a titularidade e ser utilizado como uma peça vindo do banco. Nos Jogos de Paris, o ala começou como reserva nos dois primeiros jogos, contra França e Alemanha, e depois foi promovido ao quinteto inicial na vitória em cima do Japão e na eliminação para os Estados Unidos.

Com uma Olimpíada na bagagem e mais consolidado na NBA, Gui tem claro o objetivo de seguir evoluindo e o protagonismo vir como consequência do trabalho, especialmente quando se trata de vestir a camisa da Seleção e a chance de vivenciar o clima dos Jogos novamente.

“Representar o Brasil sempre foi um dos meus grandes sonhos. Quero poder ter um papel importante e vou me dedicar muito para isso. Temos um bom time, com excelentes jogadores jovens e veteranos de alto nível, então vou buscar meu melhor, porque quero poder ser uma referência no futuro”, analisou o atleta.


“Joguei minha primeira Olimpíada em Paris-2024 e penso muito em jogar todas as outras daqui para frente. Ser um atleta olímpico não é para qualquer um, muitos sonham com isso, mas no basquete são poucos que conseguiram. Já tive essa experiência, me sinto mais preparado também, então quero estar cada vez mais envolvido com a Seleção e presente nessas competições”, acrescentou Gui.

O início dos trabalhos do ciclo olímpico coloca no caminho do Brasil os Estados Unidos, Uruguai e Bahamas, todos membros do grupo A da Americup. Cada equipe se enfrenta em partida única e os dois primeiros colocados avançam, assim como os dois melhores terceiros entre as três chaves. Totalizando oito classificados, o campeonato passa para a disputa das quartas de final, fase em que o torneio começa a ser no sistema eliminatório até a decisão.

Além do grupo A, do qual o Brasil faz parte, a Americup ainda conta com Panamá, Venezuela, Canadá e Porto Rico na chave B, enquanto a C é formada por República Dominicana, Nicarágua, Argentina e Colômbia.

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AR
postado em 21/07/2025 12:00
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