Surfe

Brasil pode ter quatro surfistas classificados ao WSL Finals; veja cenários

Após o fim da etapa de Jeffreys Bay, o líder do ranking Yago Dora e os campeões mundiais Italo Ferreira e Filipe Toledo podem terminar do top-5 no masculino, enquanto Luana Silva precisa de combinação mirabolante no feminino

Melhor brasileiro na atual temporada do Circuito Mundial de Surfe, Yago Dora sonha com o  título  inédito do torneio mais relevante da modalidade -  (crédito: Camila Othon/World Surf League)
Melhor brasileiro na atual temporada do Circuito Mundial de Surfe, Yago Dora sonha com o título inédito do torneio mais relevante da modalidade - (crédito: Camila Othon/World Surf League)

Com as vitórias de Connor O’Leary e Gabriela Bryan na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, nesta sexta-feira (18/7), resta apenas mais um evento do Championship Tour da Liga Mundial de Surfe (WSL) para definir os cinco surfistas que irão avançar ao WSL Finals. O circuito parte para a disputa em Teahupo’o, no Taiti, entre 7 e 16 de agosto, e Yago Dora, líder do ranking mundial masculino, é um dos poucos com a vida tranquila por ter a vaga confirmada, enquanto Ítalo Ferreira, Filipe Toledo e Luana Silva seguem no páreo para a Brazilian Storm ter mais representantes na briga pelo título.

Finalista na África do Sul, Dora irá assumir a lycra amarela pela primeira vez na carreira, desembarcando no Taiti na liderança do campeonato após ficar com o vice para O’Leary. O paranaense de 29 anos foi um dos surfistas mais consistentes do circuito em 2025, somando títulos em Portugal e Trestles, que o levaram a 51,430 pontos. Ele precisa alcançar a semifinal em Teahupo’o para garantir a liderança sem depender dos rivais e ter vantagem no Finals, já que precisaria de apenas uma bateria para ser campeão mundial.

Yago tem na cola o sul-africano Jordy Smith (47,515 pontos) e o japonês Kanoa Igarashi (44,455), em segundo e terceiro lugar, respectivamente, enquanto Ítalo é o quarto (42,625). O potiguar de 31 anos, campeão olímpico em Tóquio-2020, começou o ano imparável, mas caiu de desempenho desde Bells Beach e teve como melhor resultado nas últimas seis etapas apenas o 5º lugar em Saquarema, quando parou nas quartas.

Com 42,675 pontos, Ítalo está na dianteira de uma briga acirrada, que ainda conta com Ethan Ewing (41,885), Griffin Colapinto (41,165) e o compatriota Filipinho (38,760), além de Jack Robinson (37,545). Ainda seguem vivos Barron Mamiya (36,120), Leonardo Fioravanti (35,220) e Connor O’Leary (33,440). Os brasileiros Miguel Pupo, João Chianca e Alejo Muniz, apesar de terem passado do corte de meia-temporada, não conseguem entrar no top-5 mesmo se somarem os 10 pontos com o possível título no Taiti.

No feminino, a australiana Molly Picklum e a havaiana Gabriela Bryan, adversárias na decisão em Jeffreys Bay, seguem nadando de braçada. Com 61,145 e 58,595 pontos, respectivamente, a dupla está classificada com antecedência e abriu vantagem para o pelotão com Caitlin Simmers (52,480), Isabella Nichols (45,950), Bettylou Sakura Johnson (44,675) e Caroline Marks (44,235). Em 10º, com 38,140, Luana Silva precisa de uma grande combinação de resultados e do título no Taiti para tentar alcançar a quinta colocação.

Depois de 11 etapas na temporada, apenas os cinco melhores colocados no masculino e no feminino avançam para o WSL Finals, de 27 de agosto a 4 de setembro, em Cloudbreak, Fiji, para definir o campeão. O quinto colocado enfrenta o quarto, o vencedor pega o terceiro e assim por diante, sempre com prioridade para o melhor ranqueado. A final antes era disputada em três baterias, mas a WSL anunciou uma mudança de regra nesta sexta-feira para dar vantagem ao líder do ranking, que precisará apenas vencer a primeira bateria para ficar com o troféu.

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AR
postado em 20/07/2025 22:32
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