ATLETISMO

Um ano depois da prata, Caio Bonfim quebra recordes no Troféu Brasil

Condecorado herói olímpico em 1º de agosto de 2024, em Paris, brasiliense celebra primeiro aniversário do pódio com conquista nos 20.000m em São Paulo e melhor tempo do país e da América do Sul na marcha atlética

Há um ano, em 1º de agosto, Caio Bonfim comemorava a conquista da medalha de prata na Olimpíada de Paris, a primeira do país na marcha. O talento de Sobradinho tinha tudo para ficar só na lembrança, mas celebrou a data com novo resultado expressivo, com direito a quebra de recorde. Nesta quinta-feira (31/7), o Troféu Brasil de Atletismo, não só venceu como estabeleceu a nova melhor marca nacional e da América do Sul nos 20.000m.

Caio concluiu o percurso na pista do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, em 1h18min37s9. O brasiliense foi um minuto mais rápido em comparação ao recorde anterior. Ele deixou para trás Matheus Corrêa (1h14min54s7) e Max Batista dos Santos (1h20min35s1).

"Eu vim muito concentrado para essa prova, e aí vamos quebrando essas barreiras, não é? No ano passado, saí no ritmo para fazer 1h19min e, agora, este ano, saí para bater este recorde. Primeiro, você sai no ritmo do recorde e, depois, tenta ir baixando. Se tiver perna", comentou Caio Bonfim, antes de revelar um perrengue.

"Eu ainda estava com vontade de ir ao banheiro, fiz um 8 km assim, o que foi ainda mais tenso. Mas eu estou muito feliz com o resultado, com essa fase da marcha... é muito bom pegar um clima agradável e um nível competitivo alto, como foi hoje", celebrou.

O Troféu Brasil é parte vital da preparação de Caio Bonfim para o compromisso mais nobre do ano: o Campeonato Mundial de Atletismo em Tóquio, de 13 a 21 de setembro. O principal marchador do país está em alta na temporada. Das seis etapas de elite do Circuito Mundial, subiu ao pódio em cinco. A mais recente foi a prata no Grande Prêmio de Madri.

Na prova feminina dos 20.000m, a carioca Viviane Lyra faturou o ouro. Ela cruzou a chegada com o tempo de 1h30min52s7 e se aproximou de bater o próprio recorde brasileiro em pista, estabelecido no ano passado, com 1h30min38s3. A brasiliense Gabriela Muniz foi a segunda mais rápida da disputa (1h32min50s9) e levou a prata. A catarinense Mayara Vicentainer fechou o pódio (1h41min46s2).

Mais destaques

Outro ponto alto do primeiro dia de Troféu Brasil foi a vitória de Erik Cardoso nos 100m. Ele brilhou ao correr novamente abaixo dos 10s. Nesta quinta, fez 9,93s, firmou novo recorde brasileiro e sul-americano e alcançou índice para o Mundial de Tóquio. Felipe Bardi foi o segundo (10s06), seguido por Vitor Hugo (10s14).

Gustavo Alves/CBAt - Aos 25 anos, Erik Cardoso curte as marcas abaixo dos 10s nos 100m

Maranhense radicada no DF, Rayane Soares fez 11s66 na semifinal dos 100m feminino e fixou novo recorde mundial da classe T13 do paralímpico (baixa visão). Na decisão, foi oitava, com 11s92. “Estou muito feliz com a marca, com o resultado. Mesmo depois de ter vindo dos 400 metros, descansei uns 20 minutos e consegui fazer a eliminatória, a semifinal e a final do 100 com boas marcas. Isso já é um aquecimento para o que vem no Mundial. Acredito que lá a gente vai fazer excelentes marcas. É treinar, continuar focada, que vai dar certo”, comentou a atleta, ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Alessandra Cabral/CPB - Rayane Soares correu para 12s17 nas eliminatórias, baixou para 11s66 na semifinal e fez 11s92 na decisão

 

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