Comitê Olímpico

Jogos da Juventude começam no DF como inspiração para nova geração

Disputas têm 4.700 atletas de 20 modalidades que sonham em se tornar heróis e heroínas olímpicas. Em Paris-2024, 37% da delegação cultivava laços com o evento

Casa da primeira edição dos Jogos da Juventude, Brasília volta a receber o evento após 25 anos. Hoje, às 18h, a cerimônia renova os sonhos de mais de 4.700 jovens em disputas até 25 de setembro. A maior competição esportiva de base do Brasil é o início da jornada para os jovens talentos do país que desejam alcançar o patamar olímpico. Há em quem eles e elas se inspirarem. Muitos heróis e heroínas brasileiros em Olimpíadas agarram essa oportunidade no início da carreira.

Desde a criação, em 2000, os Jogos da Juventude potencializaram atletas. Hoje, assistimos a muitos deles colocarem o Brasil em destaque. É a oportunidade perfeita para jovens manterem vivos os sonhos de trilharem carreiras de sucesso. Craque do tênis de mesa, Hugo Calderano, passou pelo evento antes de se tornar fenômeno. Ouro em Paris-2024, a judoca Bia Souza brilhou nas tatames. Estrela do Real Madrid, Rodrygo encantou nos tempos de futsal pelo Colégio Santa Cecília de Santos, em 2015. A modalidade, inclusive, retorna ao programa após dois anos de ausência.

A lista também contempla Rosamaria (vôlei), Duda Lisboa (campeã olímpica do vôlei de praia), Babi Domingos (ginástica rítmica), Sarah Menezes (ex-judoca, ouro em Londres-2012), Darlan Romani (atletismo), Raulzinho (basquete) e Rosângela Santos (atletismo).

Para os atletas de até 17 anos, ter como inspiração personagens que trilharam o mesmo caminho é grandioso. A brasiliense Nicole Estrela dedicou 12 dos 16 anos de vida ao judô e tem como recompensa a estreia nos Jogos da Juventude com o privilégio de competir em casa. "Enxergo esta oportunidade como um passo importante na minha caminhada. Participar de uma competição organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) é uma experiência que vai me aproximar mais do meu sonho e me motivar a seguir trabalhando e me dedicando", acredita.

Aos 12 anos, Nicole fez a primeira participação em uma competição nacional. Nos Jogos Escolares de 2021, no Rio de Janeiro, subiu ao pódio e conquistou a medalha de bronze. "Foi inesquecível", conta. Em 2023, voltou ao Jogos Escolares Brasileiro e foi vice-campeã. "Estar em casa, sentindo o apoio da torcida e da minha família, foi uma experiência incrível. Esse resultado teve um peso muito especial na minha trajetória e me marcou bastante", compartilha.

Para Nicole, a experiência a aproxima do desejo de um dia competir pelo Brasil em Olimpíada. "Dá um gostinho de como é o mundo olímpico. Pela organização, pela competição e pela convivência com atletas de outros esportes. E temos a oportunidade de conhecer alguns atletas olímpicos. Os embaixadores que vão aos Jogos visitar e prestigiar o evento. Isso deixa a gente ainda mais motivado", celebra.

Arquivo pessoal - A brasiliense Nicole Estrela tem o privilégio de estrear nos Jogos da Juventude em casa

Dados do COB mostram que 37% da delegação de 274 atletas passaram pelos Jogos da Juventude. "No esporte olímpico, o sucesso normalmente se mede pelas medalhas conquistadas nos Jogos. Só que o caminho até lá é longo, e começa justamente aqui, entre os jovens, na base da pirâmide. Tenho dito que, antes de sermos uma potência olímpica, precisamos nos transformar em uma Nação Esportiva. E nada melhor do que os Jogos da Juventude para exemplificarem isso", destaca o presidente do COB, Marco Antônio La Porta.

Esta será a maior dos Jogos da Juventude, com 4.700 atletas — 2.369 mulheres e 2.231 homens —, 837 treinadores e treinadoras, 200 voluntários, 13 caminhões de material com mais de 130 toneladas de equipamento. São 20 modalidades em 33 instalações esportivas espalhadas pelo Distrito Federal. Todo o evento será transmitido pelo YouTube no canal Time Brasil. A programação completa está disponível no site dos Jogos da Juventude (clique aqui para acessar). 

*Estagiária sob a supervisão de Victor Parrini

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