SUPERCOPA CAPITAL

DF impulsiona a carreira de Fred, campeão pela primeira vez como técnico

Em entrevista ao Correio, ex-centroavante do Fluminense e da Seleção Brasileira destaca a campanha vitoriosa do Fortaleza Sub-17 na Supercopa Capital e comenta sobre o papel de lapidação de talentos para o Leão do Pici

O Distrito Federal está marcado na vida de Fred Guedes, do ex-centroavante e ídolo do Fluminense. O Quadradinho foi laboratório para a primeira experiência oficial como treinador, durante a Supercopa Capital, torneio sub-17 à frente do Fortaleza. A campanha de cinco vitórias e dois empates na competição brindou o mais novo dono da prancheta do país com o título sobre o Palmeiras, no Estádio Bezerrão, no Gama, no domingo.

Foram duas semanas de total imersão na nova função até a conquista, com 12 gols marcados e três sofridos. "Dias de muito trabalho, de muita dedicação, de muito empenho. Agradeço muito à diretoria e, principalmente, aos atletas, por tudo que fizeram nesses 40 dias que estamos juntos. São merecedores", destacou, ao Correio.

Fred se aposentou em 2022, aos 38 anos, com 417 gols marcados, 199 pelo Fluminense. A decisão foi acelerada devido à diplopia, ou visão dupla, que faz a pessoa enxergar imagens dobradas. A escolha de se tornar treinador foi relativamente rápida. Porém, antes foi diretor de planejamento esportivo do clube tricolor, inclusive com participação no título inédito da Libertadores.

O ex-centroavante não esconde quais são as principais referências para o trabalho à beira do gramado, mas quer ser reconhecido por uma filosofia autoral. "Tenho um pouquinho do que aprendi com os treinadores com os quais trabalhe: Abel Braga, Parreira, Cuca, Fernando Diniz. Foram muitos. Mas tenho as minhas ideias e o que acredito no futebol, mas, com certeza, o que me fez pensar dessa forma é um pouquinho de cada um", detalha.

O fato de o Fortaleza disputar a Série B do Campeonato Brasileiro adulto no próximo ano impacta o trabalho de Fred, pois pode permitir a promoção de atletas. "O trabalho é preparar essa molecada. Com certeza, veremos vários rostos daqui. É uma base que alimenta muito o nosso profissional, e o objetivo é deixá-los o mais prontos possível para quando baterem lá (no elenco principal)."

Com conhecimento de causa de duas Copas do Mundo como jogador, em 2006 e em 2014, Fred palpita sobre se Carlo Ancelotti deve adotar ou não um esquema com jogador de camisa 10. 

Fred também comentou sobre Seleção Brasileira. Tem o conhecimento de causa de duas Copas do Mundo, de 2006, na Alemanha, e a de 2014, no Brasil. Questionado sobre quem deve assumir a camisa 9 da Amarelinha, o ex-centroavante se esquivou. “Há muita qualidade e torcermos muito por ela, porque, com certeza, batendo campeã valoriza todo mundo. Independentemente do que aconteceu nos últimos anos, chegou lá, a competição é mata-mata, e a nossa camisa pesa. O trabalho está sendo bem feito também, está sendo estruturado pelo Ancelotti. Estamos na torcida”, discursou.

*Estagiária sob a supervisão de Victor Parrini

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